quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O FUTURO DO AMOR

Quando a Alma Entra
À medida que nos dirigimos para as relações com alma, surgem inúmeras questões prementes. Se a alma estiver no comando, quais serão os atributos que definem uma relação? Como saberemos se a relação é "boa", reconfortante, correcta ou valiosa nas nossas vidas correntes?Como saberemos se determinada relação serve verdadeiramente o percurso da alma ou o desenvolvimento da nossa personalidade, que não é apenas um desvio que faríamos melhor em evitar? (...)O amor é o trabalho da alma, mas para que assim seja, temos de fazer primeiro o trabalho da personalidade, que requer auto-consciência. A auto-consciência é conhecer-se sensata, verdadeira e profundamente, e agir segundo esse conhecimento. As novas relações apelam a que deixemos os padrões passivos do passado para nos tornarmos nitidamente conscientes. Significa isto que em vez de tropeçarmos nas verdadeiras questões ou no verdadeiro significado das nossas relações depois de terminadas, somos convidados a estar conscientes delas no desenrolar de cada relação. Isto também nos encoraja a assumir a reponsabilidade pela vida sendo mais conscientes na escolha das relações. Em vez de nos limitarmos a apresentarmo-nos casualmente a quem quer que apareça para qualquer relação que surja sem se saber como nem donde, temos de nos consciencializar de que cada momento das nossas vidas é precioso e que cada transformação que partilhamos com outra pessoa é um sopro irrepetível de vida. (...)
VIVACIDADE
A vivacidade é energia. É o sumo, a vitalidade e a paixão que desperta as células todas as manhãs. É o que faz com que nos apeteça dançar. É a energia que conduz uma relação do statos quo para algo mais grandioso e muito mais expansivo, algo que faz os corações baterem mais depressa, as mentes e os olhos abrirem-se mais do que nunca. Tudo tem interesse para uma pessoa verdadeiramente viva, quer seja um desafio, um momento de amor, um instante de tristeza ou um relance de beleza. Enquanto vivemos, é a nossa vivacidade que cria desenvolvimento, mudança, alegria e possibilidade. A vivacidade é a própria vida. Portanto, se a relação que mantém no momento ou que planeia para o futuro não tem vivacidade - de modo a fazer com que se sinta animado, indómito, extremamente sereno, belo, pensativo, apaixonado, aberto, ousado, sensual e sensível - então talvez deva continuar a procurar. Para ser digna da sua alma, uma relação deve proporcionar-lhe a sensação de que tanto voçê como ela estão vivos - e continuam a renascer continuamente. A vivacidade numa relação é a sensação de que algo está a acontecer, de que há uma evolução em curso, de que juntos chegarão a algum lado. Quando uma relação tem vivacidade, tudo nela vos aproximará um do outro, permitirá que se conheçam melhor, que se sintam mais ligados com o passar do tempo.
Daphne Rose Kingma, psicoterapeuta e especialista em relações amorosas

2 comentários:

Anónimo disse...

Que complicado é o amor! Abençoados os que o entendem e sentem "vivacidade" ao seu contacto.Afinal, é ele que comanda as nossas vidas...
Os textos são reais e muito interessantes.


Beijinhos

Graça Martins disse...

Obigada fifi pelo seu comentário e pela visita.
Volte sempre.
Um beijo