quarta-feira, 22 de outubro de 2008


3 comentários:

[A] disse...

O trabalho do Rui, embora inteligível, é particularmente intrigante. Há sempre uma paz nestas personagens amputadas que vai muita além da mera resignação.
Como que se a sua condição lhes tivesse permitido um conheccimento ou uma verdade impossíveis de alcançar a não ser pelo carácter subtractivo da amputação física, amputações que não consigo entender como metáforas.

Graça Martins disse...

Acha Ana?
Ou será mesmo uma metáfora a tentar comunicar que amputação ou castração é o mesmo. Numa sociedade que nos quer iguais e formatados e o direito à diferença continua a ser uma miragem.
Acho estes trabalhos muito angustiantes e trágicos. Um aproximar do outro devagar como nos animais. Tentar reconhecer o desconhecido com cuidado. Homens e animais, sempre, nestes desenhos.
Um universo muito interessante e original.
Possivelmente disse o mesmo que eu por outras palavras.

[A] disse...

Percebo o que diz e também entendo esse sentido metafórico. Mas logo depois, encontro ou pressinto algo nas personagens que me retém na amputação em si e nas suas implicações no carácter psicológico e "espiritual", mas isto talvez, ou somente, por ser algo que me assuste.