sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dois Poemas de FLORBELA ESPANCA

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

2 comentários:

Supermassive Black-Hole disse...

um dia destes vou deixar no meu blog a versão que a Adília Lopes escreveu deste poema...

um beijo

Graça Martins disse...

Fazes bem black-hole.
Amar e truca truca andam de mãos dadas.
No caso da Adília é um amar do séc.XXI. Até "amar" vai ao encontro da atmosfera social. Claro que prefiro o "amar" que rompe com todas as convenções sociais, que transgride. Mas desse também existiu sempre exemplos. Romeu e Julieta foi um deles. E depois há os "proibidos"...as ditas ligações perigosas ou "dangereuses". Um dia destes vou só postar ligações proibidas pela society. A Adília Lopes e os gatos é uma ligação perigosa...
Um beijo