sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dois Poemas de João Borges

NO SILÊNCIO O INFERNO


O silêncio do meu quarto
está crivado de sangue.
Será isto o inferno?

As luzes da cidade
não me trazem os teus passos.
Posso esquecer o tempo,
os nossos encontros roubados
ao sono, tudo.

O frio toma conta de mim.
Sento-me numa pedra
à espera de viver.

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