sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Nova Desordem Amorosa
Pascal Bruckner & Alain Finkielkraut
O amor transfigura seres vulgares em seres de fuga: é quando o outro frustra as minhas projecções e confunde os meus fantasmas que tenho a certeza de o amar. O pleonasmo amor étereo. Mas o privilégio de um ser volátil é poder desaparecer, e toda a cintilação evoca a iminência do seu desvanecimento.
«Uma gaiola ia à procura de um pássaro», escreve Kafka; isto, em matéria de amor, pode enunciar-se assim: uma palavra-gaiola ia à procura de um Outro-pássaro.

2 comentários:

Pedro S. Martins disse...

O amor transfigura tudo e vai à procura de pouco.

Graça Martins disse...

Não concordo de todo.
O amor ou a procura do amor opera as maiores revoluções no indivíduo.
Nalguns casos leva à insanidade.
A Camille Claudel por exemplo, a Adele H. e muitos outros e outras que ficaram eternos apaixonados, enleados com a loucura.