domingo, 28 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON E A SUA FRAGILIDADE NARCÍSICA

A morte de Michael Jackson daria volumes de análise psicanalítica. Mas também um olhar profundo sobre uma sociedade doente e perversa que discrimina a cor da pele, a orientação sexual, as mulheres, os pobres, os gordos, os feios, os psicóticos, etc.
Infelizmente, a fragilidade psíquica de Michael Jackson não suportou o teatro do corpo e a dor atormentou demasiado a sua vida. Neste fio ténue e bordarline construiu-se todo um estilo musical e uma performance única e repleta de erotismo. Ao morrer ainda jovem, porque 50 anos no séc.XXI é a grande energia, ficou definitivamente na História como o REI/KING da POP MUSIC.
Tudo se resumiu a um problema de pele. Alguém que não conseguia viver com a sua pele de origem. Porque sabia que na América de Walt Whitman, da Liberdade, é MENTIRA essa liberdade. Quando não existe a coragem suficiente, a força mental necessária para enfrentar o mundo, a insanidade toma conta do corpo.
Michael Jackson - descansa em paz. Finalmente o MUNDO não vai julgar-te mais. A TUA PROFUNDA SOLIDÃO INTERIOR TERMINOU.

11 comentários:

Anónimo disse...

Boa reflexão e texto de um ser que nunca creceu, de uma criança que nunca o pode ser. Mas mais uma vez, denoto um erro: escreve-se "discrimina" e não "descrimina".
Pode ser apenas um erro que ao escrever nao repara, mas para alguém que dá tanta importância à palavra, isso é fatal.

Graça Martins disse...

Mais uma vez o Anónimo confunde postagens apressadas, (como é também o seu caso. Creceu ou cresceu? Será que pronuncia à padre de alguma província?,com correcção de testes.

Anónimo disse...

Ainda bem que se trata de um erro devido a uma postagem apressada, pois um erro desses numa professora do secundário seria bastante constrangedor.

abelardus disse...

Com ou sem gralhas, que importa isso afinal, o texto de sleeping beauty é pertinente e belíssimo e, bem mais do que prender a nossa atenção com minudências, devia levar-nos até aos horizontes referenciais das representações do “outro”, neste caso, sobretudo, da negritude. Quem não se lembra das palavras de Gomes Eanes de Zurara quando, em 1444, desembarcaram os primeiros escravos negros: «…tão negros ..., tão desafeiçoados assim nas caras como nos corpos, que quasi parecia, aos homens que os esguardavam, que viam as imagens do hemisfério mais baixo». Volvidos que foram mais de cinco séculos, o recorrente esforço de branquização especializa a sobrevivência da imagem demoníaca do negro.
Ops! Escrevi “branquização”. Será gralha, erro ou neologismo? Pergunto eu, na minha ingenuidade, embora esclarecido por uma educação esmerada…

Anónimo disse...

Apesar das "invejas e reparos alheios", o texto está carregado de beleza e sentimento, próprios de uma artista, como tu, Graça.
Reparei que algures um anónimo deixou "escapar" um til no advérbio de negação nao!

Beijinhos

Fifi

abelardus disse...
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abelardus disse...
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abelardus disse...

Em poucas palavras, porque aqui se tem alimentado uma certa polémica em torno de questões menores (refiro-me à sinalização de gralhas ou pequenos enganos), quero sublinhar que este blogue tem um grande mérito: descobre-se no sentido de dádiva (não na acepção que M Mauss lhe deu) de uma artista que, destarte, partilha com os outros um pouco de si e da sua sensibilidade. [Para aqueles que ainda seguem cegamente as teorias maussianas recomendo vivamente a leitura de Godelier].
Quem não se recorda do espírito purista e acutilante, tantas vezes estéril, de Castilho? Nos tempos hodiernos prescreveu. Todos sabemos que a escrita nos computadores gera falhas que se esclarecem na distinção dos gestos da produção da palavra. Na forma manuscrita dificilmente ocorreriam. Isto está explicado, vem nos livros e quem escreve - mesmo aqueles que, como eu, já têm escrito alguma coisa, ainda que de somenos importância – sabe que isso acontece de forma recorrente e quase surpreendente.
Como disse, embora não me considere propriamente um autor (quanto mais não seja por respeito ao étimo), já me dediquei a algumas questões sobre as quais se escreveram perfeitos disparates, mas há uma coisa que, por honestidade e humildade intelectual, nunca fiz: assinalar publicamente as falhas dos outros, nem mesmo as mais gritantes. Penso que neste espaço o mesmo princípio deveria tornar-se uma máxima universal, não só por respeito para com a sua autora, mas, acima de tudo por consideração por aqueles que o frequentam e nele procuram, e encontram, um verdadeiro alfabeto de sentimentos e sensações.
Cara(o) amiga(o) “Anónimo” [repare que sublinhei, desnecessariamente, a dualidade do género], permita-me o pedido e sugestão: se tem alguma crítica a fazer que valha efectivamente a pena, faça-a; para questões de ortografia, perdoe-me o popularismo, todos sabemos ler e escrever “de carreirinha” e até temos livros em casa.
A encerrar, umas palavras para a Autora: MUITO OBRIGADO! MUITO OBRIGADO POR SERES ASSIM! Não seria justo esquecer Deus. A ELE AGRADECEMOS A TUA EXISTÊNCIA!

F Nando disse...

Bem só os comentários dão um post!
Detesto esta gentinha que cobardemente se escondem atrás do anonimato.
Será alguém ao serviço da ministra a fazer a avaliação?
Vou aparecendo
Bjs

Graça Martins disse...

cogitata mentis eloqui
OBRIGADA
Fico feliz por constatar que o meu blog comunica um pouco a revelação dos meus sentimentos, da minha maneira própria de ver e sentir o mundo, de reagir emotivamente ao que me choca, perturba e partilhar com os meus visitantes esses sentimentos, bonitos e feios, que fazem parte do ser humano. Nunca tive talento para escrever, até uma dedicatória num catálogo é complicado. Neste lugar não há espaço para hipocrisias. Sou muito frontal e lutei sempre pela minha autenticidade. Quero continuar a ser assim. Aliás, não consigo ser de outra maneira. Essa treta do politicamente correcto tem revelado jogadas de corrupção a vários níveis. As máscaras que nos rodeiam no lugar do trabalho, da política, da sociedade em geral, é um triste espectáculo que já não se suporta. Também não pactuo com a enormidade de seres cinzentos que estão formatados para não reagir.
Fico realmente feliz por sentir que este pequeno espaço, na imensidão da web, pode ser um lugar de reflexão e de critica. ACORDAR. É PRECISO ACORDAR.
Não ter medo de exprimir a verdade dos nossos sentimentos.
E achei pertinente a sugestão do cogitata mentis eloqui:
"para questões de ortografia, perdoe-me o popularismo, todos sabemos ler e escrever “de carreirinha” e até temos livros em casa".
Achei uma delícia.
OBRIGADA MAIS UMA VEZ PELA DELICADEZA.
Graça

Graça Martins disse...
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