domingo, 7 de junho de 2009

Poema de João Borges

Um rio de lume
une a nossa pele,
o rosto inteiro.

A estrada prolonga-se
até ao deserto onde a noite
é sempre noite.

Fecha os bares onde estou,
desencontrado. Leva-me
para casa e adormece-me
pela primeira vez.

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