segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

JOANA e FILIPE


JOANA, A LOUCA, E FILIPE, O BELO
Neurótica, a princesa espanhola protagonizou cenas inesquecíveis em nome da paixão pelo seu marido, Filipe, o Belo: talhou o rosto de uma suposta amante do marido, para em seguida ser trocada por ele. Quando Filipe morreu prematuramente, aos 28 anos, Joana endoidou de vez e proibiu que qualquer mulher se aproximasse dos restos mortais. Contam que Joana mandou desenterrar o príncipe, que havia sido sepultado na abadia de Miraflores, e que ia vê-lo todas as semanas, abrindo o caixão, desamarrando o sudário e beijando os pés do defunto. E depois que, quando a peste a obrigou a sair de Burgos, levou consigo o cadáver de Filipe.
Durante o casamento, Filipe enganou e desrespeitou cada vez mais abertamente a sua mulher, e Joana, como era hábito, foi ficando mais e mais obcecada por ele. O arquiduque deixava-a trancada nos seus aposentos durante semanas, e ela passava a noite golpeando as paredes para irritar as companhias do marido.
A última rainha titular da história da Espanha morreu no fim de 1555, paralítica da cintura para baixo e atormentada pelas dores horríveis da gangrena. Tinha 77 anos e havia passado os últimos 47 encerrada em Tordesilhas.

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