domingo, 27 de dezembro de 2009

As Paixões - o poder da criação - a ternura, a beleza, o desejo - e a força da devastação - a perdição, a loucura, a violência.


Nocturno de Chopin Opus 9 nº2 por Maria João Pires

Nocturno - O Romance de Chopin


NOCTURNO - O Romance de CHOPIN por CRISTINA CARVALHO -

A vida intensa de Chopin romanceada em “Nocturno”, de Cristina Carvalho
A relação fabulosa de CHOPIN com GEORGE SAND atravessada pela criação de ambos. Chopin na música e Gorge Sand na escrita.
(...)Quando eu morrer, retirem-me o coração. Tenho medo de ser enterrado vivo...
Quando Chopin se encontrava no seu leito de morte, pediu à irmã, para após a sua morte, o coração ser retirado, e colocado numa urna de vidro, conservado em conhaque. A irmã respeitou o pedido do irmão e a urna de vidro, com o coração de Chopin, foi levada para a Polónia.
O compositor polaco Fryderyk Chopin morreu com apenas 39 anos mas “viveu intensamente”, diz a escritora Cristina Carvalho, que pesquisou durante dois anos sobre a vida do pianista para a colocar num livro.
Neste “NOCTURNO” fica-se a conhecer melhor a história deste homem “extremamente sedutor, muito sensual e muito andrógino” e da sua época, das suas qualidades e limitações, amores e desamores, alegrias e sofrimento, desde o seu nascimento, na aldeia polaca de Zelazowa Wola, até à morte, em Paris, a 17 de Outubro de 1849.
Cristina Carvalho afirma que “todas as datas e referências correspondem à verdade histórica”, embora salvaguarde a existência de “muitas omissões”, indicando ainda que “apenas quis escrever alguns apontamentos duma vida que, embora muito curta, foi incrivelmente apaixonada e apaixonante”.

(...) Passaram-se nove anos. Nove tortuosos e singulares anos. O nosso convívio, ao princípio extraordinário, tornou-se esquisito, anormal, mas prosseguiu. Maman Sand teve as artes necessárias para me prender, fez com que eu me sentisse dependente, às vezes doente de propósito, e ora me aparecia como uma mulher, ora me aparecia como um homem, ora me aparecia como uma mãe, ora me aparecia como uma filha.

As sonatas, as fugas, os romances, as fantasias, os nocturno, e, naturalmente, o Impromptu dão conta e revelam esta minha vida. Basta ouvi-los com atenção.

O período da minha vida com George Sand foi prolífico mas também foi infeliz. Esta é a verdade. Ela nunca me foi fiel. Ela foi sempre, disfarçadamente, imperceptivelmente e literariamente, infiel.

Eu fui-lhe sempre fiel, mas musicalmente infiel. Não podia ser de outra maneira. (...)

Sextante Editora, Novembro de 2009


GEORGE SAND


TÚMULO DE CHOPIN - POLÓNIA


PAIXÕES E DESILUSÕES

ADORO SERES HÍBRIDOS - ADAM LAMBERT - SO HAPPY I COULD DIE -