quarta-feira, 12 de maio de 2010

Poema de Eugénio de Andrade

O sorriso

Creio que foi o sorriso,
sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

1 comentário:

CC disse...

às vezes um sorriso leva-nos para "um quarto em Roma" e tudo é tão simples...