sexta-feira, 13 de agosto de 2010

I - Credo quia absurdum

Creio na vastidão ilimitada dos amores humanos
esses amores que se fundem com os domínios
inelutáveis da dor: o amor, essa claridade
que não alcançou em nossos dias
a recôndita certeza dos deuses

Amores
frágeis sob o voo irisado das aves, amores
de uma noite profunda ou de uma tarde amena
entre o regaço de outras mãos. Amores
de um país onde tudo se esquece entre
uma aurora e outra.


Paulo Teixeira

de As Imaginações da Verdade

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