sexta-feira, 2 de abril de 2010

MADONNA - AMERICAN LIFE - VERSÃO CENSURADA

MADONNA - A RAINHA DA POP E A MAIS POP - AMERICAN LIFE JÁ FOI - MAS O SONHO CONTINUA A DES(FAZER-SE)


AMERICAN


DREAM

LIFE



DREAM


LIFE



I WANT YOU






MADONNA - AMERICAN LIFE

PALAVRAS DE MADONNA SOBRE O SEU ALBUM - AMERICAN LIFE

"Todas estas canções reflectem o meu estado de espírito. Sinto como se tivesse acordado de um sonho. Elas vão do desânimo e da raiva à alegria e à incerteza.Espero ter transformado uma coisa pessoal em algo universal." American Life foi um dos discos de menor sucesso da carreira de Madonna. Ela foi criticada por não ser patriota, por ir contra o "American Way of Life" e, principalmente, contra a guerra no Iraque, que na época era defendida pela maioria dos norte-americanos. * Antes de American Life, Madonna já estava numa fase difícil. Foi criticada por "Die Another Day", trilha sonora de 007, Um Novo Dia para Morrer"; por Swept Away, seu filme com Guy Ritchie; e ganhou uma Framboesa de Ouro, para os piores do cinema. Como se não fosse o suficiente,, Madonna lançou um vídeo criticando George W. Bush e a guerra que os Estados Unidos pretendiam iniciar contra o Iraque. Assim que o vídeo ficou pronto, a guerra começou. Foi aí que Madonna fez a sua primeira auto-censura: decidiu não lançar o vídeo e editou outra versão.
A MÚSICA
I'm so Stupid é uma música forte. Foi feita para pensar, reflectir . Essa canção transmite a ideia do SONHO AMERICANO, e deixa claro que, um dia, ela também vivenciou ESSE sonho americano, quando foi para Nova Yorque com alguns dólares no bolso e hoje é um ícone mundial. No dia do lançamento do álbum American Life, Madonna apresentou algumas músicas no especial MTV ON THE STAGE AND ON THE RECORD. I'm so Stupid não estava entre elas, mas uma faixa da música foi tocada e uma fã perguntou a Madonna o que significava para ela viver numa bolha de ilusão e como conseguia sair dela. "Todos vivem numa bolha, não apenas as celebridades. Eu saio de lá se conseguir diferenciar a realidade da ilusão e tentar ir na direcção da realidade", disse. Nesse tema fala dos sonhos que hoje parecem irreais e da busca incessante por algo que nem sabe o que é.
"NA POESIA , É SEMPRE DE GUERRA QUE SE TRATA"
Mandelstam

Palavras CERTEIRAS de ANTÓNIO GUERREIRO, a propósito do último livro de JOAQUIM MANUEL MAGALHÃES, aliás o meu poeta preferido contemporâneo. Posso não apreciar na totalidade este livro, mas compreendo a necessidade do autor em explodir para todos os lados e atingir com os seus estilhaços toda a poesia, a sua e a dos outros. A rebelião de que fala António Guerreiro.

SEMPRE RADICAL NUNCA COERENTE (Expresso, António Guerreiro)

DESCONCERTANTE, INTEMPESTIVO, IMPLACÁVEL: EIS O NOVO LIVRO DE UM POETA QUE QUER COM ELE, REVOGAR TUDO O QUE ESCREVEU ANTES.
CONSUMA-SE neste livro a mais radical operação poética - e a mais cheia de consequências - da literatura portuguesa das últimas décadas. Falamos de "operação poética"para designar um gesto violento contra a obra do próprio autor, contra a ideia cumulativa de obra e contra a poesia que lhe é contemporânea. A operação comporta uma dimensão afirmativa (à qual não se acede se nos deixarmos obnubilar ou fascinar pelo "escândalo", algo inevitável num primeiro momento), mas actualiza um princípio enunciado por Mandelstam: "Na poesia, é sempre de guerra que se trata."(...) O leitor em busca de belos poemas acha que tudo isto é estranho, áspero e o mais afastado possível de qualquer harmonia? Pois acha, e com toda a razão. Porque estes poemas são extenuantes, e o seu idioma constitui-se contra as linguagens do poético. Eles desfazem-se do belo como quem esconjura uma ameaça. E sem concessões quebram ferozmente a prosódia ( triunfa uma aprosódia) e tomam o partido do ritmo: o sentido do poema é o seu ritmo staccato e não legato. As palavras são isoladas, autonomizadas, de modo a desarticular a estrutura métrica do poema, fazendo-a explodir em estilhaços até à paralesia não apenas prosódica mas também semântica. As grandes figuras de invocação da poesia de Joaquim Manuel Magalhães - o sentido, a lógica discursiva, o conteúdo pragmático do poema - são soberanamente liquidadas, sem complacências e com um esmero genial. (...)
Mas, se queremos sobreviver, não nos podemos instalar definitivamente e de maneira exclusiva por baixo de "Um Toldo Vermelho":a poesia anterior de Joaquim Manuel Magalhães continua disponível e serve-nos de vingança. É a guerra.
António Guerreiro, Actual, Expresso, 2 de Abril de 2010