sábado, 15 de janeiro de 2011

não
não tenho medo de morrer aqui
nem receio os cães velocíssimos de guarda
ás azenhas não reveladas de teu corpo...

...medo da memória
sim...receio que as cabeças tristes dos galgos
aqueçam na fulguração breve dos relâmpagos
e corram repentinamente para fora do papel fotográfico
destruindo estes preciosos trabalhos do olhar...


Al Berto

O MEDO, Contexto, Lisboa, 1987

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