domingo, 13 de fevereiro de 2011

Poema de JOÃO BORGES



A noite vem
em desarticulados caminhos
suspensos entre
insónia e vigília.

As pedras que acendem
entram e saem da minha pele,
deixam feridas.

A fogo rasgam as veias.

Atiro a escuridão para
a rua. Esmorece
a paisagem, flui o desejo.
Posso avançar
sobre as trevas.

AO VENTO EM TERRAMOTOS, edição cofre nocturno. lisboa, 2011

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