quarta-feira, 20 de junho de 2012

Poema de Isabel de Sá

DISFARCE


Frequentemente o rosto é máscara, disfarce. Mas de onde vem a luz que faz do muro espelho? Incessante, a vida procura clarificar aquilo que em nós é finito e nos arrasta em busca da perfeição. É sempre confuso penetrar na nova obra, enterrar nela o que somos sem calar a verdade. Desordem, crueldade ou artifício, tudo faz parte do naufrágio.As palavras desenrolam obscuramente o que existe.


Repetir o poema, (poesia reunida)Edições Quasi, 2005

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