terça-feira, 26 de agosto de 2008

POEMA DE ISABEL DE SÁ

ELOGIO AO AMOR

Encontram-se num bar,
uma era escritora e a outra
master em literatura inglesa.
Ambas nascidas no princípio do século,
viriam juntas a celebrar a vida.
Ainda eu não tinha nascido
e elas fixavam residência
na ilha dos Montes Desertos
para o esplendor e a decadência.
Marguerite preocupada
com o enigmático percurso da vida:
papeis em ordem, placa fúnebre.
Grace
fustigando a morte,
coração queimado pela doença
intrusa.
A privação das viagens foi tormentosa,
a glória e a desolação
foram um só corpo.
É preciso esquecer
que a vida mata e o espelho
reflecte aquilo que somos.
Ficaram as cinzas
no cemitério da Ilha.
DeeDee, a incansável, o ser de excepção.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  2. Peço desculpa aos meus visitantes, mas alguém pouco equilibrado, insiste em fazer comentários pela calada da noite e perturba este espaço. Sou apologista do discurso frontal, educado e construtivo.
    Por essa razão alguns comentários que invadem o meu blog, são anulados.

    ResponderEliminar