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sábado, 8 de agosto de 2009
Poema de RUI LAGE
HORTUS CLAUSUS
O olhar sobe as escadas da paisagem.
Muros atravessam-na duplamente
em amplos charcos de água.
Pequeno pássaro pousa
pequeno pensamento
no ramo que o frio despiu.
Nevoeiro o cerca, erguendo
vagarosos braços de lama
dissolvidos pela chuva.
Cheias de musgo e de bosta
estão as pedras do passado
de algum dono aprendido
sentam-se nelas poemas
cada vez menos aptos
a falar de mim.
Uma charneca o céu
a terra uma cisterna
que transborda.
Sou levado,
mas não irei longe
com tamanha ferrugem nos olhos.
HORTUS CLAUSUS
O olhar sobe as escadas da paisagem.
Muros atravessam-na duplamente
em amplos charcos de água.
Pequeno pássaro pousa
pequeno pensamento
no ramo que o frio despiu.
Nevoeiro o cerca, erguendo
vagarosos braços de lama
dissolvidos pela chuva.
Cheias de musgo e de bosta
estão as pedras do passado
de algum dono aprendido
sentam-se nelas poemas
cada vez menos aptos
a falar de mim.
Uma charneca o céu
a terra uma cisterna
que transborda.
Sou levado,
mas não irei longe
com tamanha ferrugem nos olhos.
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