sábado, 22 de novembro de 2008

ARTE DE ILUSTRAR
PARA A INFÂNCIA

Hansel e Gretel
dos irmãos Grimm

Prémio de Ilustração 2007

SUSANNE JANSSEN
Projectos para as ilustrações


















ILUSTRAÇÕES DE SUSANNE JANSSEN


Duas fotos de Annie Leibovitz



DETONAÇÃO


Poema de João Borges

DETONAÇÃO

De repente a luz branca
cobriu
as casas.
Um segundo isolado no tempo:
detonação

Senti toda a cidade
estremecer.
Relembrei cada rua
onde a distância
preenche os nossos passos, as palavras,
a escuridão
a dois, da mesma boca
o beijo e os poemas. Mas é agora
cruel e despida
a realidade. Nunca soube encarar
confesso,
a forma como
me sorrias, a superfície quente do teu corpo,
a frieza dos teus lugares
e mais que tudo
a imobilidade do teu amor.

Neste mundo escuro e destruído
devo caminhar
pelas canções tristes,
pelas tardes cinzentas.
Pela consequência da explosão. Não é
mentira
quando te digo
que não perco tempo a chorar:
o choro és tu.
Chorar
é não esquecer cada uma
das camas em que me deste vida, cada um
dos sítios onde o teu amor
traía os dias.

Doeu-me ver despertar
o que dentro de mim dormia
mas nada mais
me doi.
Nem o abandono ao deserto.

Vejo a claridade algures
num céu longínquo
e não quero ficar neste lugar
onde o sangue me seca
as mãos
e cardos me ferem
o corpo.




















Foto de Graça Martins

Três trabalhos plásticos de valter hugo mãe



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

3 fotos de uma inauguração

Exposição de pintura de Isabel Lhano


Foto de Maria Bochicchio, Helga Moreira
e valter hugo mãe por Graça Martins

Foto de Maria Bochicchio, Helga Moreira
e valter hugo mãe por Graça Martins

Foto de João Pedro Rodrigues por Graça Martins

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A CÂMARA CLARA

de ROLAND BARTHES

(...) Todavia, quando se trata de uma pessoa - e já não de uma coisa - a evidência da Fotografia tem todo um outro sentido. Ver fotografados uma garrafa, um ramo de íris, uma galinha, um palácio, apenas compromete a realidade. Mas um corpo, um rosto e, mais ainda, tantas vezes os de um ser amado? Uma vez que a Fotografia (é esse o seu noema) autentifica a existência de tal pessoa, eu quero encontrá-la por inteiro, isto é, na essência, «tal como ela própria é», para além de uma mera semelhança, civil ou hereditária. Aqui , a crueza da foto torna-se mais dolorosa, porque ela só pode responder ao meu desejo louco através de qualquer coisa de indizível: evidente (é a lei da fotografia) e, contudo, improvável (não posso prová-lo). Esse qualquer coisa é o ar.

O ar de um rosto é indecomponível (a partir do momento em que posso decompor, eu provo ou recuso; em suma, duvido, afasto-me da Fotografia que, por natureza, é toda a evidência: a evidência é aquilo que não quer ser decomposto). O ar não é um dado esquemático, intelectual, como o é uma silhueta. O ar também não é uma simples analogia - por muito avançada que seja - como o é a «semelhança». Não, o ar é essa coisa exorbitante que leva do corpo à alma - animula, pequena alma individual, para uns boa, para outros má. (...) O ar é, assim, a sombra luminosa que acompanha o corpo; se a foto não consegue mostrar esse ar, então o corpo vai sem sombra, e, uma vez cortada essa sombra, como no Mito da Mulher sem Sombra, nada mais resta do que um corpo estéril, é através desse umbigo subtil que o fotógrafo dá vida. Se ele não sabe, ou por falta de talento ou por falta de oportunidade, dar à alma transparente a sua sombra clara, o sujeito morre para sempre. (...)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008














Fotos de João Borges por Graça Martins















Fotos de valter hugo mãe por Graça Martins






Fotos de
Maria Bochicchio
por
Graça Martins



























BOUDICCA

domingo, 16 de novembro de 2008

SLINKACHU


O artista londrino Slinkachu cria personagens que compõem um universo próprio e curioso. As suas imagens são críticas da vida moderna e podem ser consideradas a menor street art do mundo.
SLINKACHU





LITTLE PEOPLE - A TINY STREET ART PROJECT
por
SLINKACHU

Slinkachu, um artista insólito e misterioso, mantido no anonimato, decidiu criar um mundo em miniatura. Constrói peças que consegue transportar no bolso e espalha-as pelas ruas de Londres onde circulam milhões de pessoas. A ideia por detrás desta obra – é transmitir a solidão e a melancolia das grandes cidades, onde as pessoas são esmagadas pelo ambiente que as rodeia, quase sem o vizinho do lado dar por isso. Na verdade, peças como uma caixa de hambúrgueres a servir de nave espacial, entre muitas outras obras, resistem apenas dias antes de serem "pisadas" pela multidão e só os mais atentos dão por elas.



sábado, 15 de novembro de 2008


O POETA
Mário de Sá-Carneiro



MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO aquém de si próprio
Poeta genial, escolheu uma maneira invulgar de sair da vida, e, tanto na vida como na obra, ficou aquém de si próprio.
Orfão de mãe aos dois anos, sem irmãos, nem uma ligação forte com o pai ou com a ama, que o tivesse ajudado a crescer e a gostar de si, Mário de Sá-Carneiro «decide-se a criar», e ama a sua Obra, mas não consegue amar-se, nem, mesmo através dela. A Obra é o espelho do seu labiríntico mundo interior, e revela duas necessidades fundamentais e desesperadas: a de se conhecer e a de se ligar a alguém, necessidades inseparáveis uma da outra. A sua poesia mostra um dramático sofrimento psíquico e tornou-se um elo de ligação consigo próprio e com o seu grande Amigo Fernando Pessoa com quem estabeleceu correspondência regular entre 1912 e 1916. A poesia é precisamente desses três últimos anos de vida. Já tinha escrito teatro e novelas, mas é na poesia que se mostra autêntico, mais directo e criativo, sendo ele próprio, sem disfarce, a sua personagem.
Assim, Sá-Carneiro vai escrevendo poesias onde se revela e que envia a Fernando Pessoa, juntamente com as Cartas que o ligam ao seu amigo a quem pede sempre respostas rápidas e críticas sinceras. Não se poupa, todavia, a demonstrações de amizade, admiração e incentivo ao trabalho criador do seu amigo, dando também opiniões sinceras.
Ao escrever poesia, vai descendo dentro de si, e apercebe-se das fantasias grandiosas que foi obrigado a criar para sobreviver.
«Numa ânsia de ter alguma cousa,
Divago por mim mesmo a procurar,
Desço-me todo em vão, sem nada achar,
E minh'alma perdida repousa
Nada tendo, decido-me a criar:
Brando a espada: sou a luz harmoniosa
Unicamente à força de sonhar...
Mas a vitória fulva esvai-se logo...
E cinzas, cinzas só, em vez de fogo...».
E o poeta chega ao seu enorme vazio interior.
-«Onde existo que não existo em mim?»
É a angústia de despersonalização, maravilhosamente descrita no poema «Quase»:
«Um pouco mais de sol - e fora brasa
Um pouco mais de azul - e fora além
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...»
Oscila entre Narciso grandioso, que não é, mas que o faz sonhar com uma imagem idealizada e grandiosa,
«...O grande sonho despertado em bruma
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...»,
e Narciso depressivo, que também não chega a ser, mas que até desejaria:
«Se ao menos eu permanecesse aquém»...
Antes triste, antes aquém do seu sonho, antes deprimido mas coeso, do que viver na ânsia terrível de não chegar nem a si nem aos outros, fechado em, si, sem conseguir agarrar-se a si próprio, sem conseguir amar, mas:
«Quase o amor».
Não delira nem está iludido:
«Entanto nada foi só ilusão!»
«De tudo houve um começo...e tudo errou...».
E o poeta culpabiliza-se:
«Momentos de alma que desbaratei...
Templos onde nunca pus um altar...».
Temos uma necessidade regressiva de apoio, de sossego:
«Quero dormir...ancorar».
E absoluta consciência de quanto patológica é a sua defesa grandiosa:
«Arranquem-me esta grandeza!
-Pra que me sonha a beleza
Se a não posso transmigrar?...»
Não se sente senhor de si próprio. Só quando se deprime, só na saudade está mais autêntico:
«Perdi-me dentro de mim
Porque eu era um labirinto
E hoje quando me sinto
é com saudades de mim».
(...)
A sua depressão final foi provavelmente desencadeada pelo casamento do pai com uma mulher dos cabarés, e a perda da casa da Praça dos Restauradores, em Lisboa, onde viveu com os pais e a ama. O pai e a madrasta foram para África, e Sá-Carneiro ficou em Paris e lutou com grandes dificuldades económicas. No fim da vida ligou-se a uma rapariga semelhante à madrasta, provavelmente numa tentativa de se identificar com o pai, mas não conseguiu amá-la o suficiente para se prender à vida.
«Quanto a ti, meu amor, podes vir às quintas-feiras
Se quiseres ser gentil, perguntar como eu estou
Agora no meu quarto é que tu não entras, mesmo com as melhores maneiras
Nada a fazer minha rica. O menino dorme. Tudo o mais acabou».
Sente-se indefinido, por vezes, não sabe quem é, nem quem é o outro:
«Eu não sou eu nem sou o outro
Sou qualquer coisa de intermédio
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro».
Mas quer sentir, quer possuir e é o vazio, a incapacidade de amar e de sentir-se amado:
«Quero sentir. Não sei...perco-me todo...
Não posso afeiçoar-me nem ser eu
Falta-me egoísmo para ascender ao céu,
Falta-me unção p'ra me afundar no lodo.
Não sou amigo de ninguém...Pra o ser
Forçoso me era possuir
Quem eu estimasse - ou homem ou mulher,
E eu não logro nunca possuir!...
Castrado de alma e sem saber fixar-me,
Tarde a tarde na minha dor me afundo
Que nem na minha dor posso encontrar-me?...».
(...)
O poema «Epígrafe», abre o seu livro Indícios de Ouro que foi publicado em 1937, de facto, vinte e um anos depois da morte do Poeta.
Neste pequeno grande poema, que parece uma Epígrafe para a sua própria vida, Sá-Carneiro toca magistralmente vários aspectos da despersonalização: o vazio interior, a necessidade de espelho anterior para tomar consciência da sua realidade psíquica, a confusão mental, a desorientação no tempo e no espaço, o sentimento de estranheza, a ruína narcísica, a confusão do passado com o presente, o self grandioso, a fragmentação levada ao extremo.
Mário de Sá-Carneiro foi um homem que muito sofreu, e conseguiu uma maneira digna e bela de se queixar, e ao mesmo tempo de suportar o sofrimento até onde lhe foi possível. Ficou, no entanto, aquém de si próprio. Termino com o seu poema Epígrafe:
«A sala do castelo é deserta e espelhada
Tenho medo de Mim. Quem sou? De onde cheguei?...
Aqui tudo já foi...Em sombra estilizada
A cor morreu e até o ar é uma ruina
Vem de Outro tempo a luz que me ilumina
Um som opaco me diluiu em Rei...».
Maria Manuela Brazette, Revista Portuguesa de Psicanálise, nº14,1996

MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO aquém de si próprio

por Maria Manuela Brazette

(Texto publicado na Revista Portuguesa de Psicanálise, n.14, 1996)

Através da sua poesia, Mário de Sá-Carneiro mostra uma enorme necessidade de se conhecer e uma ânsia desesperada de se ligar a Alguém para poder viver e gostar de si próprio. Com espantosa lucidez e grande capacidade de análise, fala do seu mundo interior e descreve, em linguagem poética, fenómenos como a despersonalização, a susceptilidade narcísica, a dificuldade de identificação e de relação com o Outro. Neste trabalho dá-se primazia à palavra de Mário de Sá-Carneiro.

"É desolador como sabemos pouco de nós. Tudo é silêncio em nossa volta. O que é a vida? O que é a morte?...Donde somos, para onde viemos, para onde vamos?...Mistérios. Nuvens. Sombra fantástica...E o homem de siso não crê nos espectros!...Mas não seremos espectros nós próprios?O Mistério?...Olhem-nos: O Segredo Total, o Mistério Maior, somos nós, em verdade...Ah!, diante dum espelho, devíamos sempre ter medo! Deixemos o futuro, esqueçamos Amanhã -sonhadores heróicos de Além. Entretanto olhemos o passado - tentemos vará-lo, saber ao menos quem fomos Aquém".

Palavras de Mário de Sá-Carneiro ditas pela personagem da novela A estranha morte do Prof.Antena.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


Dois Poemas de FLORBELA ESPANCA

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Poetas

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Cinema Passos Manuel 22horas -Porto
nos dias 13, 20 e 27 de Novembro e 4 de Dezembro.
Sempre às quintas. 7 artistas por dia. 4 x 7 = 28 artistas. Cada apresentação terá entre 7 a 12 minutos.Uma sala sempre às escuras, com público e poucos meios técnicos. A sala terá de estar sempre em completo negro. O único momento de luz é o intervalo entre apresentações dos artistas.A divulgação será feita com maçãs que serão distribuídas como flyers comestíveis e com quadros negros espalhados pela cidade. Quadros-cartazes efémeros pintados a giz.
Na primeira sessão vai estar presente o artista valter hugo mãe.


DISPONÍVEL PARA AMAR de Wong Kar Wai

terça-feira, 11 de novembro de 2008

DISPONÍVEL PARA AMAR
de WONG KAR WAI
Título Original: "In The Mood For Love" (2000)
Realização: Wong Kar Wai
Argumento: Wong Kar Wai
Actores: Tony Leung Chiu Wai - Chow Mo-wanMaggie Cheung
- Su Li-zhen ChanPing Lam Siu - Ah Ping
O realizador Wong Kar-Wai estabeleceu-se como um cineasta autor. Através da cor e da luminosidade constrói toda uma narrativa baseada nos simbolismos que daí advêm criando o seu próprio estilo. Cada cena é meticulosamente ensaiada e posteriormente filmada de forma a obter exactamente aquilo que visualmente pretende. É um daqueles cineastas perfeccionistas que assumem o cinema como forma de arte.Disponível Para Amar trata do amor platónico entre dois seres, Su Lin (Maggie Cheung) e Chow (Tony Leung). São vizinhos, ambos foram traídos pelos respectivos cônjuges e ambos não se podem ter um ao outro... É esta a premissa de um dos melhores e mais originais romances da história do cinema, filmado com mestria pelo mestre da arte visual, Wong Kar-Wai.Baseado nesta premissa, poderia ser apenas mais um filme romântico. No entanto, as interpretações, as situações vividas e os pequenos detalhes desenrolam a narrativa duma forma única e visualmente cativante. Wong Kar-Wai cria um mundo visual onde cada frame corresponde a uma fotografia de uma beleza rara. É um filme que vive sobretudo da insinuação em detrimento da concretização. Há um enorme amor entre Lin e Chow, fortíssimo mesmo, mas em última análise impossível de concretizar.As performances dos dois actores são sublimes, sendo capazes de transmitir uma sensualidade e desejo quase cerebrais, fruto de uma relação platónica, baseada na sugestão. Apesar dos protagonistas falarem muito pouco em cada cena, conseguem transmitir ao espectador a crescente paixão e emoção entre eles, cada vez que aparecem juntos no ecrã.A estética do filme é desenvolvida através do uso extremo da luz e cor, tendo, portanto, a música um papel preponderante, na criação do ambiente. Com poucos diálogos e uma montagem quase marginal, Wong Kar-Wai repete alguns temas musicais, em determinadas cenas, para enfatizar o estado emocional dos protagonistas e suportar a bela fotografia.Realizado a partir de um argumento quase inexistente e privilegiando a improvisação, Disponível Para Amar é considerado por muitos como a obra-prima do realizador de Hong-Kong. Poderá, no entanto, ser um filme de difícil visualização, uma vez que é único na abordagem artística que faz ao género romance, tantas vezes destruído pelos clichés lamechas dos homónimos americanos do género. Para ser visto com disposição e atenção.
® Sérgio Lopes
SESSÃO DE POESIA DA POETRIA

POETAS ALEMÃES

A extensão e a qualidade dos poetas alemães é tão arrebatadoramente bela, profunda, balsâmica ! Há grande poesia para além de Rilke, Holderlin, Goethe, Brecht...
A Livraria Poetria quer surpreender uma vez mais, com estes poetas de eleição, lúcidos até à loucura, puros de paixão e de infortúnio, "anjos do desespero" balbuciando o mistério da Natureza, a imensa terra, o céu sublime...
Desta vez acontecerá no Teatro da Vilarinha que partilhará as receitas de bilheteira (5 €) com a Poetria, no próximo dia 14, pelas 21,45 h., com direito a disfrutar de mais duas outras sessões de poesia: "Palavras para que vos quero", por Rui Spranger, no dia 13, e "Ruy Belo e Carlos Drummond de Andrade", por Manuel Cintra, no dia 15 (à mesma hora).
Para quem não conhece o emblemático Teatro da Vilarinha, será uma maravilhosa ocasião para conhecerem este maravilhoso espaço ao mesmo tempo festivo e eminentemente cultural. Eis o endereço:
Rua da Vilarinha, 1386 Porto. Fica na Estrada da Circunvalação e para lá chegar podem tomar os autocarros 205 ou 501.
Reservas: 222023071 (Poetria); 226108924 (Teatro da Vilarinha)