de Godot
domingo, 24 de maio de 2009
de Godot
sábado, 23 de maio de 2009
FRASES FAMOSAS DE FRIEDRICH NIETZSCHE
Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.
Torna-te aquilo que és.
Temos a arte para não morrer da verdade.
A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
Poema de João Borges
A cidade, ao longe o ruído.
Ficamos sózinhos, peças de xadrez
na mancha escura do silêncio,
de um lado para o outro,
à espera.
Não me disseram que o tempo passaria
e tu também. A morte repetida
como se fosse a primeira vez.
No longo e doloroso abraço,
o sabor amargo da vida
tornou-se lei.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009
Levinas in A Utopia do Humano
sábado, 9 de maio de 2009
o compositor da boémia
terça-feira, 5 de maio de 2009
COMO ENGORDAR O PERU
TÊM TUDO, os pais dão. A farda, os cigarritos, o cartão, etc. O AFECTO anda à deriva: os mancebos vestem a farda, ficam elegantes e casadoiros, as raparigas também fardadas, procuram os noivos, desesperadamente...
É IMPRESSIONANTE o pretenso desejo de título "DR." à mistura com a garrafa de vinho, digamos, apanágio de uma classe desfavorecida, que tudo festeja com vinho. O Clube deles ganha e embebedam-se pela vitória, o Clube perde e embebedam-se pela derrota. Portanto, essa da vinhaça, do tintol, é originária do nosso Portugal mais pobre.
É um assunto muito sério: esta juventude embrutecida a trabalhar para a cirrose.
domingo, 3 de maio de 2009
Isabel de Sá, Esquizo Frenia, &etc, Lisboa, 1979
JOANA FIGUEIREDO - A REALIZADORA
sábado, 2 de maio de 2009
Não muita vez nos vemos, mas, se poucos
amigos há para falar
dos quais me sirvo de relâmpagos, de todos
é ele o que melhor vai com a minha fome.
Os dedos com que me tocou
persistem sob a pele, onde a memória os move.
Tacteiam, impolutos. Tantas vezes
o suor os traz consigo da memória, que não tenho
na pele poro através
do qual eles não procurem
sair quando transpiro. A pele é o espelho da memória.
Luís Miguel Nava
sexta-feira, 1 de maio de 2009
AMI -Exposição Arte urbana - Muppies 176 x 120cm - Maio 2009
Este trabalho será exposto num muppie (painel existente nas paragens de autocarro). Intervenção Urbana da Ami e cuja selecção de artistas foi orientada pela critica de arte Laura Castro. Pedro Cabrita Reis, Souto Moura, Pedro Olaio, Isabel Carvalho, João Baeta, Graça Martins, entre outros. O trabalho aqui representado será exposto na baixa do Porto durante o mês de Maio. Serão depois leiloados a favor da AMI.
Anthony Synnott in The Body Social. Symbolism, Self and Society, 1993, p. 73
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Corpo serenamente construído
Para uma vida que depois se perde
Em fúria e em desencontro vivido
Contra a pureza inteira dos teus ombros.
Pudesse eu reter-te no espelho
Ausente e mudo a todo outro convívio
Reter o claro nó dos teus joelhos
Que vão rasgando o vidro dos espelhos.
Pudesse eu reter-te nessas tardes
Que desenhavam a linha dos teus flancos
Rodeados pelo ar agradecido.
Corpo brilhante de nudez intensa
Por sucessivas ondas construído
Em colunas assente como um templo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre devidendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner
AS PESSOAS SENSÍVEIS
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
Porque cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
«Ganharás o pão com o suor do teu rosto»
Assim nos foi imposto
Enão:
«Com o suor dos outros ganharás o pão»
Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
ó cheiros de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Vestígios
noutros tempos
quando acreditávamos na existência da lua
foi-nos possível escrever poemas e
envenenávamo-nos boca a boca com o vidro moído
pelas salivas proibidas - noutros tempos
os dias corriam com a água e limpavam
os líquenes das imundas máscaras
hoje
nenhuma palavra pode ser escrita
nenhuma sílaba permanece na aridez das pedras
ou se expande pelo corpo estendido
no quarto do zinabre e do álcool - pernoita-se
onde se pode - num vocabulário reduzido e
obsessivo - até que o relâmpago fulmine a língua
e nada mais se consiga ouvir
apesar de tudo
continuamos a repetir os gestos e a beber
a serenidade da seiva - vamos pela febre
dos cedros acima - até que tocamos o místico
arbusto estelar
e
o mistério da luz fustiga-nos os olhos
numa euforia torrencial
livro, Horto de Incêndio
quinta-feira, 16 de abril de 2009
ISABEL LHANO
Galeria Artes Solar de St. António
(…)
As mãos que se vêem nestas telas são como entidades completas, bastam-se a si mesmas para o que importa no discurso desta exposição. Ficam como seres inteiros que se recebem mutuamente e se relacionam produzindo no espectador um efeito imediato de conforto, ansiedade, rejeição, paixão, cumplicidade, etc