
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
THREE ILLUSIONS -PEDRO AYRES MAGALHÃES
FEELING
A perfect and good feeling
Once lived in me
There's never been such a love
But the end
Arrived
The wind did a strange favor
The wind that time forgot
So come from faraway to listen
Because I Il'be singing high
Oh yes, I've already seen
Wat my Fate wil be
GUILT
-Oh Guilt, I don't want you to follow me!
-Swear, you'Il allow me to decide!
-Do you accept or not, that it is never too late.
-Do you accept or not that I will come back?
Perhaps, perhaps
tomorrow is going to bring me more, but I don't know,
perhaps, slowly,
I will return to the sorrow, I've just left.
BITTERNESS
Bitterness, relaxed and sad
-Does it seem that I'm distant or in fear?
It's almost certain
That nothing exist:
Nothing is close to me.
Neither am I sad.
A perfect and good feeling
Once lived in me
There's never been such a love
But the end
Arrived
The wind did a strange favor
The wind that time forgot
So come from faraway to listen
Because I Il'be singing high
Oh yes, I've already seen
Wat my Fate wil be
GUILT
-Oh Guilt, I don't want you to follow me!
-Swear, you'Il allow me to decide!
-Do you accept or not, that it is never too late.
-Do you accept or not that I will come back?
Perhaps, perhaps
tomorrow is going to bring me more, but I don't know,
perhaps, slowly,
I will return to the sorrow, I've just left.
BITTERNESS
Bitterness, relaxed and sad
-Does it seem that I'm distant or in fear?
It's almost certain
That nothing exist:
Nothing is close to me.
Neither am I sad.
Dois poemas de MANUEL DE FREITAS - Os Infernos Artificiais - frenesi, 2001
Lady Day sings Solitude
«Home is so sad.»
Philip Larkin
Amanhece, como um parto inútil e reticente.
Suponhamos que estou vivo, na casa
tão branca e vazia, com este corpo em trespasse
-quase meu. O irritante chlireio dos pássaros
poderia ter um encanto anacrónico, se acaso o tivesse.
Mas mesmo ele será daqui a pouco sufocado
pelo ruído do primeiro avião
que passará rasante vindo de longes terras
onde se é mais feliz por delegação.
Saúdo a manhã como quem dispensava vê-la,
copo de whisky barato na mão
para tentar tornar menos barata
a literatura vã que daqui possa sair.
A pouco e pouco, o flagelo da luz
conquista a casa e reaparecem
os nomes dos livros, os cinzeiros cheios,
a mágoa insuportavelmente banal
de mais um dia que começa e que não será
talvez o último - embora estatísticas
várias comprovem que a morte existe
(são poucos é os que se apercebem disso).
A noite passou, sem sono nem alegria.
E eu esqueci-me de lavar a louça
e de encontrar um sentido para a vida
(truque poético bastante conhecido).
O amor não bateu à porta com as suas mãos
frágeis e desonestas, nenhum amigo
- desses que não tenho - quis ludibriar
a sua solidão bebendo um copo comigo.
Limitei-me a folhear alguns livros,
com o cansaço prévio de saber
que os vou ler. Pus em dia a correspondência
cada vez mais escassa, ofício de afectos
fingidos, calculados silêncios, fórmulas
feitas. E ouvi música desolada, que
é a parte de Deus que melhor conheço.
Fiz não o que pude, mas aquilo
que me permitiu o fluente nada dos gestos.
A claridade é agora fulminante e eu
não tive nenhum êxtase místico,
coisa tão decorativa em esgares, não
deparei com nenhum programa social
que me parecesse exequível, não
aderi a qualquer crença política
para enfim conhecer Bruxelas.
Não me lembrei de nada que valesse a pena.
Fiquei em casa sozinho, no renovado
esforço de não reparar em como
é fétido tudo. E embebedei-me,
como sempre faço quando me sinto
sentir (o que por azar é frequente).
Não fechei as janelas, deixei a luz corromper-me.
Há talvez uma harmonia bizarra
no modo como o pó assenta nos móveis,
uma razão insondável para as nuvens
que conspurcam o vazio céu,
um motivo confrangedor para eu respirar
ainda, sem jeito para a morte.
Não sei. Vivi mais um dia, inglório
como os que já foram, fútil como os que virão.
Acariciei o vazio com mãos de seda quebradas
e não me queixei nem sorri
(de resto, porque haveria de o fazer?).
Outro avião passou, trazendo ou levando
pessoas que é suposto terem alma,
essa indefinível e funesta coisa
sem a qual este poema desabaria
antes mesmo de se ter começado. Pouco
se perderia, aliás, pois não é nas palavras
que o que se perde regressa alguma vez.
Sucessivos malogros, interstícios vagos
do que nunca poderá ser
ou se dissipou em remorso e ausência.
A vista sobre Monsanto é agora quase bela,
mas não me lembro de ter sido feliz
(há ainda obscenidades que desconheço).
O sol passeia-se sobre todos os telhados
que daqui se lobrigam e eu perscruto atento
a dor que há nisso e em tudo.
Não dormi, estou até demasiado desperto,
a olhar para mim sem me ver. é curioso,
ou chega quase a sê-lo: são precisos
mais de vinte cigarros e uma garrafa inteira
de whisky para escrever um poema
que de sublime terá a intenção - ou nem isso.
A morte pode esperar,
hei-de estar lá a horas, finalmente anónimo,
capaz de desfrutar a mais ampla morada,
a mais verdadeira e total.
«Home is so sad.»
Philip Larkin
Amanhece, como um parto inútil e reticente.
Suponhamos que estou vivo, na casa
tão branca e vazia, com este corpo em trespasse
-quase meu. O irritante chlireio dos pássaros
poderia ter um encanto anacrónico, se acaso o tivesse.
Mas mesmo ele será daqui a pouco sufocado
pelo ruído do primeiro avião
que passará rasante vindo de longes terras
onde se é mais feliz por delegação.
Saúdo a manhã como quem dispensava vê-la,
copo de whisky barato na mão
para tentar tornar menos barata
a literatura vã que daqui possa sair.
A pouco e pouco, o flagelo da luz
conquista a casa e reaparecem
os nomes dos livros, os cinzeiros cheios,
a mágoa insuportavelmente banal
de mais um dia que começa e que não será
talvez o último - embora estatísticas
várias comprovem que a morte existe
(são poucos é os que se apercebem disso).
A noite passou, sem sono nem alegria.
E eu esqueci-me de lavar a louça
e de encontrar um sentido para a vida
(truque poético bastante conhecido).
O amor não bateu à porta com as suas mãos
frágeis e desonestas, nenhum amigo
- desses que não tenho - quis ludibriar
a sua solidão bebendo um copo comigo.
Limitei-me a folhear alguns livros,
com o cansaço prévio de saber
que os vou ler. Pus em dia a correspondência
cada vez mais escassa, ofício de afectos
fingidos, calculados silêncios, fórmulas
feitas. E ouvi música desolada, que
é a parte de Deus que melhor conheço.
Fiz não o que pude, mas aquilo
que me permitiu o fluente nada dos gestos.
A claridade é agora fulminante e eu
não tive nenhum êxtase místico,
coisa tão decorativa em esgares, não
deparei com nenhum programa social
que me parecesse exequível, não
aderi a qualquer crença política
para enfim conhecer Bruxelas.
Não me lembrei de nada que valesse a pena.
Fiquei em casa sozinho, no renovado
esforço de não reparar em como
é fétido tudo. E embebedei-me,
como sempre faço quando me sinto
sentir (o que por azar é frequente).
Não fechei as janelas, deixei a luz corromper-me.
Há talvez uma harmonia bizarra
no modo como o pó assenta nos móveis,
uma razão insondável para as nuvens
que conspurcam o vazio céu,
um motivo confrangedor para eu respirar
ainda, sem jeito para a morte.
Não sei. Vivi mais um dia, inglório
como os que já foram, fútil como os que virão.
Acariciei o vazio com mãos de seda quebradas
e não me queixei nem sorri
(de resto, porque haveria de o fazer?).
Outro avião passou, trazendo ou levando
pessoas que é suposto terem alma,
essa indefinível e funesta coisa
sem a qual este poema desabaria
antes mesmo de se ter começado. Pouco
se perderia, aliás, pois não é nas palavras
que o que se perde regressa alguma vez.
Sucessivos malogros, interstícios vagos
do que nunca poderá ser
ou se dissipou em remorso e ausência.
A vista sobre Monsanto é agora quase bela,
mas não me lembro de ter sido feliz
(há ainda obscenidades que desconheço).
O sol passeia-se sobre todos os telhados
que daqui se lobrigam e eu perscruto atento
a dor que há nisso e em tudo.
Não dormi, estou até demasiado desperto,
a olhar para mim sem me ver. é curioso,
ou chega quase a sê-lo: são precisos
mais de vinte cigarros e uma garrafa inteira
de whisky para escrever um poema
que de sublime terá a intenção - ou nem isso.
A morte pode esperar,
hei-de estar lá a horas, finalmente anónimo,
capaz de desfrutar a mais ampla morada,
a mais verdadeira e total.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"I dont't like Paradise - Because it's Sunday - all the time"
EMILLY DICKINSON
DOMINGO
as a tribute to J. M. M.
A água que ferve na chaleira
é um modo de vencer
a tentação, a tristeza, os licores.
É um modo diferente de perder
quando essas pequenas coisas
nos conseguem dizer que
nem o pecado deveras existe.
Mas uma tarde de domingo
será sempre uma tarde
de domingo, anedota fatídica
e insolúvel a descoser
as bainhas do tédio. Convoco
cigarros e mentiras fáceis
para não ter pena desta vida
que só por acaso é a minha.
E nisto amarelece a cidade,
o silêncio proletário
dos autocarros vazios que oficialmente
circulam pelo cancro das avenidas.
E os suplementos de semanários,
no lume estéril dos empedrados
pisados por namorados
que se chupam e que se apalpam,
com pressa de envelhecer e vocação
p'ra parir. É uma estória sem estória,
um desespero parado à procura de personagens
ou de uma razão que lhe baste.
Tudo o que da cinza já nada ficou.
EMILLY DICKINSON
DOMINGO
as a tribute to J. M. M.
A água que ferve na chaleira
é um modo de vencer
a tentação, a tristeza, os licores.
É um modo diferente de perder
quando essas pequenas coisas
nos conseguem dizer que
nem o pecado deveras existe.
Mas uma tarde de domingo
será sempre uma tarde
de domingo, anedota fatídica
e insolúvel a descoser
as bainhas do tédio. Convoco
cigarros e mentiras fáceis
para não ter pena desta vida
que só por acaso é a minha.
E nisto amarelece a cidade,
o silêncio proletário
dos autocarros vazios que oficialmente
circulam pelo cancro das avenidas.
E os suplementos de semanários,
no lume estéril dos empedrados
pisados por namorados
que se chupam e que se apalpam,
com pressa de envelhecer e vocação
p'ra parir. É uma estória sem estória,
um desespero parado à procura de personagens
ou de uma razão que lhe baste.
Tudo o que da cinza já nada ficou.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
NESTE PAÍS DE POETAS
Regressada da Capital não posso deixar de assinalar uma injustiça que presenciei e revela, mais uma vez, a forma como os criativos, escritores e artistas em geral, são tratados em Portugal. Trata-se SEMPRE de uma CENSURA, que selecciona os nomes politicamente correctos, esquecendo os mais rebeldes, aqueles que pagam com o seu perfil indomável, o avanço de um sistema social e político. Estou a referir-me à inauguração recente, antes das eleições, do Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen.
Mesmo ao lado, situa-se o prédio onde durante décadas existiu "O Botequim" da Natália Correia (abriu em 1971 e dele faziam parte, além da Natália, Isabel Meireles, Júlia Marenha e Helena Roseta). A vida literária aconteceu nesse lugar , actualmente ao abandono.Os poetas que por lá passaram, as conversas políticas que revolucionaram o país, a figura incontornável da escritora Natália Correia. Então, inauguram o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen. Tem sentido?
Também aprecio a Sophia, mas não podia ter sido noutro Miradouro? As duas foram mulheres extraordinárias, mas a coragem de uma Natália, o percurso da sua vida, o seu discurso avançado para a época, merecia outra atenção. NÃO É JUSTO.
Mesmo ao lado, situa-se o prédio onde durante décadas existiu "O Botequim" da Natália Correia (abriu em 1971 e dele faziam parte, além da Natália, Isabel Meireles, Júlia Marenha e Helena Roseta). A vida literária aconteceu nesse lugar , actualmente ao abandono.Os poetas que por lá passaram, as conversas políticas que revolucionaram o país, a figura incontornável da escritora Natália Correia. Então, inauguram o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen. Tem sentido?
Também aprecio a Sophia, mas não podia ter sido noutro Miradouro? As duas foram mulheres extraordinárias, mas a coragem de uma Natália, o percurso da sua vida, o seu discurso avançado para a época, merecia outra atenção. NÃO É JUSTO.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
TISANAS - ANA HATHERLY
Ontem à noite, quando viajava de comboio adormeci e sonhei que estava no meio de um rio procurando desesperadamente atingir uma ponte romana. Mas tudo era inútil porque a água não era profunda e eu nem sequer tinha tirado os sapatos e as meias. Alguém me tinha atraiçoado, isso era certo
domingo, 8 de novembro de 2009
A QUEDA DO MURO DE BERLIM
POEMA DE JUAN LUIS PANERO
NUMA ESTAÇÃO DE MADRUGADA
Recorda-os,
antes que o álcool os leve
ou a memória os maquilhe e confunda,
antes que sejam sonhos esquecidos,
as marcas de uma pele noutra pele apagadas.
Recorda-os,
além da bruma e da noite,
sob as luzes de néon fantasmagóricas,
diante das vias de metal silencioso,
sem comboios, sem despedidas nem destino.
Recorda-os,
porque não te esperavam,
e nada te pediam, nem tu a eles também,
porque tudo era inútil, absurdo e desoportuno,
derrotada ternura e sombra da tua vida.
Recorda-os,
e beija outra vez aqueles lábios,
a sua alagada respiração, a língua surpreendida,
a sua frágil matéria húmida,
aqueles lábios que a tua boca imagina.
Recorda-os
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães, Relógio D'Água, 2003
Recorda-os,
antes que o álcool os leve
ou a memória os maquilhe e confunda,
antes que sejam sonhos esquecidos,
as marcas de uma pele noutra pele apagadas.
Recorda-os,
além da bruma e da noite,
sob as luzes de néon fantasmagóricas,
diante das vias de metal silencioso,
sem comboios, sem despedidas nem destino.
Recorda-os,
porque não te esperavam,
e nada te pediam, nem tu a eles também,
porque tudo era inútil, absurdo e desoportuno,
derrotada ternura e sombra da tua vida.
Recorda-os,
e beija outra vez aqueles lábios,
a sua alagada respiração, a língua surpreendida,
a sua frágil matéria húmida,
aqueles lábios que a tua boca imagina.
Recorda-os
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães, Relógio D'Água, 2003
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
POEMA DE MANUEL DE FREITAS
NEXT TO NOTHING
Não acordei com o teu corpo,
mas com um verso
que me parece agora
o mais triste do mundo:
Le tuve tan cerca.
Foi verdade, foi tão depressa
mentira - acabarmos juntos
no último bar. Ou apertar-te
em plena desrazão os ombros,
o pescoço baixo,
a cor indecisa dos cabelos.
Enquanto se partem tão
tristes os tristes copos
que nessa noite derrubei - e eras tu.
Não sei o que te disse, que
outras partes de quem foste
toquei ou perdi. De qualquer modo,
perdi. E foi, só podia ser,
demasiado triste: dois corpos
que ninguém via desciam a rua
da Misericórdia, já perto da manhã.
Aquela nenhuma distância
não pôde ser um beijo. Apenas derrota,
ressaca, mais uma canção sem nós.
Tu não sabes - e ainda bem - que
este homem te desejou todas as noites,
até que fechasse o bar. Este homem
que não deseja e que tem,
infelizmente, um nome igual ao meu.
Da próxima vez, quero estar menos
bêbedo, saber se apanhámos
ou não o mesmo táxi. Mas
«da próxima vez» nunca existirá.
Walkmen de José Miguel Silva e Manuel de Freitas, foi composto e paginado por Olímpio Ferreira, edição & etc, Dezembro de 2007
Não acordei com o teu corpo,
mas com um verso
que me parece agora
o mais triste do mundo:
Le tuve tan cerca.
Foi verdade, foi tão depressa
mentira - acabarmos juntos
no último bar. Ou apertar-te
em plena desrazão os ombros,
o pescoço baixo,
a cor indecisa dos cabelos.
Enquanto se partem tão
tristes os tristes copos
que nessa noite derrubei - e eras tu.
Não sei o que te disse, que
outras partes de quem foste
toquei ou perdi. De qualquer modo,
perdi. E foi, só podia ser,
demasiado triste: dois corpos
que ninguém via desciam a rua
da Misericórdia, já perto da manhã.
Aquela nenhuma distância
não pôde ser um beijo. Apenas derrota,
ressaca, mais uma canção sem nós.
Tu não sabes - e ainda bem - que
este homem te desejou todas as noites,
até que fechasse o bar. Este homem
que não deseja e que tem,
infelizmente, um nome igual ao meu.
Da próxima vez, quero estar menos
bêbedo, saber se apanhámos
ou não o mesmo táxi. Mas
«da próxima vez» nunca existirá.
Walkmen de José Miguel Silva e Manuel de Freitas, foi composto e paginado por Olímpio Ferreira, edição & etc, Dezembro de 2007
GALERIA GRAÇA BRANDÃO - LISBOA
Visita à GALERIA GRAÇA BRANDÃO e à exposição de EDGAR MARTINS
A Ordem de Convergência de Duas Trajectórias de Sistemas Opostos


A Ordem de Convergência de Duas Trajectórias de Sistemas Opostos
As ruínas recordam-nos da materialidade muda do mundo, as coisas que em nada se importam dos nossos projectos fúteis, que em nenhum aspecto reconhecem a ordem que as nossas arquitecturas tentam impor no mundo. Na sua esmagadora maioria, elas são um dos constantes cenários da história, a partir dos quais muitos significados e representações emergiram. (...)
No entanto, é precisamente a ausência da figura humana que, nesta série, acentua uma paisagem profundamente humana, o humano como um princípio que se tivesse ausentado e que deixa um silêncio visual. (...)
Citando Ranciére mais uma vez:"o real", escreve ele, "tem de ser ficcionalizado para que possa ser pensado".
(...)
fragmento do texto que acompanha o catálogo da exposição de Edgar Martins por Peter d. Osborne.
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