segunda-feira, 28 de abril de 2014


Soneto de Vasco Graça Moura


soneto do amor e da morte

quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer ...

fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não

tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.

Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"

1942 -2014 - Vasco Graça Moura - Poeta, ensaista, ficcionista, tradutor. Deixou mais pobre a Cultura portuguesa. Fotos de uma noite memorável no Teatro do Campo Alegre, no Porto, numa sessão de Quintas de Leitura dedicada a Vasco Graça Moura, 2012.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A porta da poesia - & etc - subterrâneo 3


& etc - 40 Anos de POESIA - Texto de José Mário Silva. Revista Actual/Expresso, de 7 de Fevereiro de 2014.

Numa nota introdutória a Uma Editora no Subterrâneo, fica dito algo que todos os colaboradores nesta bela homenagem corroboram, cada um à sua maneira: a «&etc é em grande medida produto da persistência de um homem amante de livros e radicalmente livre – Vitor Silva Tavares». O próprio VST, como é conhecido no «círculo próximo de amigos e pares de combate», explicou muito bem, em 2000, as linhas com que se cose. A &etc «nunca perseguiu o lucro mas o desejo de que a venda dos livros permitisse a publicação de novos livros»; nunca recebeu apoios ou subsídios do Estado; nunca reeditou as obras esgotadas por «preferir arriscar em novos títulos»; nunca assinou contratos com os seus colaboradores, que abdicam tacitamente de cobrar honorários; nem entrou nos circuitos habituais da promoção e do marketing. Uma filosofia que VST resume numa frase: «Funcionando pois em regime de amadorismo auto-consentido (excepto na probidade do trabalho, que se quer aplicado até para maior apuramento estético) e à margem, se não contra, as engrenagens das indústrias culturais, a editora afirma-se decididamente artística e incisivamente intelectual, entendendo o livro como integrante da acção poética e não como mercadoria descartável».
Esta atitude, mantida sem quebras ou cedências de qualquer tipo desde a publicação do primeiro livro, em Fevereiro de 1974 (o volume colectivo Coisas), conferiu a este projecto um «capital de culto que é a sua própria festa» e uma «força que a faz resistir à ‘apagada e vil tristeza’ do cerco económico». Uma festa e uma força que ficam devidamente espelhadas neste livro-testemunho, em que muitos dos cúmplices de VST nestas quatro décadas escrevem sobre a relação com aquela que é uma editora literalmente underground, ou não funcionasse numa cave – o mítico subterrâneo 3 – da Rua da Emenda, em Lisboa. Além das memórias em discurso directo de poetas, tradutores, artistas plásticos e amigos (entre os quais outros editores), o livro reúne um vasto acervo de documentos: cartas, bilhetes pessoais, fotografias, textos inéditos, estudos para ilustrações, prosas evocativas ou programáticas, autos de apreensão e provas riscadas pelo lápis azul do exame prévio da censura – no tempo em que a &etc ainda era uma «folheca cultural q.b.» de frequência quinzenal (entre Janeiro de 1973 e Outubro de 1974), depois de ter sido um suplemento literário do Jornal do Fundão (de 1967 a 1971) –, uma muito extensa entrevista a VST feita por Alexandra Lucas Coelho, o catálogo completo dos mais de 300 títulos editados e a reprodução a cores de todas as capas, invariavelmente no famoso formato de «falso quadrado» (15,5 por 17,5 centímetros), cuja génese e geometria é explicada em detalhe na página 131.
Ao Expresso, Eduardo de Sousa, responsável pela livraria Letra Livre, explicou que «este projecto vinha sendo pensado há bastante tempo pois seja como leitores, como livreiros ou editores, admiramos o persistente trabalho de resistência editorial de Vitor Silva Tavares e da &etc, essa editora independente e emblemática que se destaca no nosso panorama cultural». Uma editora que nunca se assumiu como «alternativa», antes como «paralela», porque «nunca se encontra com as outras, as que se movem por razões intrinsecamente comerciais». A edição deste volume integra-se, aliás, no «trabalho quotidiano da Letra Livre no sentido de valorizar as edições independentes e os livros que não têm espaço no grande mercado livreiro». Nesse capítulo, a &etc não é caso único. E Eduardo de Sousa assinala outras afinidades electivas: Fenda, Hiena, Antígona, Edições Mortas, Averno, Língua Morta, exemplos de uma pequena «galáxia de Gutemberg» que vive à margem da «engrenagem parideira» da indústria do livro.
Entre as muitas dezenas de possíveis participantes num projecto desta natureza, a Letra Livre convidou «os leitores, editores e autores que têm uma maior proximidade com a &etc e que se mostraram disponíveis para colaborar». Da lista constam os nomes, entre outros, de Adília Lopes, António Vieira, Cláudia Clemente, Fernando Cabral Martins, Isabel de Sá, Luís Henriques, Manuel de Freitas, Pedro Piedade Marques, Rocha de Sousa e Vasco Santos. A coordenação editorial e concepção foi de Paulo da Costa Domingos, assumido compagnon de route e «aprendiz» de VST durante quase duas décadas, além de autor, revisor tipográfico e «pau-para-toda-a-obra». Actualmente editor da Frenesi e alfarrabista, garante que «todas as lições, boas, más, ou assim-assim» que recebeu durante os anos de trabalho na &etc «estão patentes e registadas em cada pormenor, em cada detalhe, de todo o meu percurso intelectual, que deverá ser tido como um todo indissociável da minha vida quotidiana…»
Esta entrega absoluta transparece em muitas das histórias contadas no livro. O famoso subterrâneo, ao qual «se desce por uma rampa que sobe (ou vice-versa)», na expressão feliz de Paulo da Costa Domingos, representou uma espécie de segunda casa para muita gente que encontrava ali um espaço onde se podia respirar de outra maneira, discutir tudo e mais alguma coisa, ensaiar novas formas de insubmissão face ao poder tirânico do dinheiro, editar sempre com o gozo danado de quem não abdica de um esmero artesanal em desuso (atento à importância da arte gráfica, às subtilezas da tipografia, à escolha do tipo de papel certo), nunca desistindo de trazer à luz autores esquecidos, marginais ou incómodos (como Artaud, Péret, Pierre Louÿs, Gombrowicz, Michaux); em suma, fazendo do nobre ofício de publicar livros a tal «acção poética» reclamada no texto de 2000.
Algumas das «vicissitudes editoriais» vividas ao longo do percurso, escritas pelo próprio punho de VST por ocasião do 33.º aniversário da &etc, e aqui recuperadas, são uma maravilha de leitura obrigatória. Por exemplo, sobre a «morte gloriosa», ao 25.º número, da revista que antecedeu a editora, depois de lhe ter sido apresentada uma soma de exemplares devolvidos superior à própria tiragem: «Record mundial absoluto: vendas abaixo de zero! Guiness já já para a &etc! E que é deles, os exemplares “devolvidos”? – Por “distracção lamentável”, comunicado da distribuidora, foram-se para a guilhotina na companhia de toneladas de tralha impressa tida por jornais e revistas.» Ou sobre a segunda edição de O Bispo de Beja, de Homem-Pessoa (1980), «excepção única à regra de a &etc não fazer reedições». O «folheto original» fora apreendido à ordem do Ministério Público, por suposto crime de abuso de liberdade de imprensa (um regresso à censura, seis anos depois do 25 de Abril), sendo os exemplares «regados a gasolina e sujeitos a auto-da-fé no pátio do Tribunal da Boa Hora». Mas quando o editor decidiu «voltar ao objecto do crime», o processo foi arquivado, sem medidas persecutórias para a reedição: «Tudo bons rapazes na justiça portuguesa!»
Como seria de esperar, o que há mais em Uma Editora no Subterrâneo são textos de elogio e tributo – justíssimo – à figura e à obra de Vitor Silva Tavares. Toda a gente sublinha o seu rigor, o seu compromisso cívico e ético, a sua verve, a sua casmurrice, a sua têmpera, a sua honestidade intelectual e humana. «Falar com o Vitor Silva Tavares foi um momento de pura epifania», chega a escrever Graça Martins. Para mitigar um pouco esta atmosfera de quase canonização, que até deve gerar um certo desconforto no destinatário, é transcrito um artigo de Luiz Pacheco, publicado no Diário Popular (Fevereiro de 1976), com «avisos» e «reprimendas», nomeadamente ao facto de VST ter suspendido a publicação da revista &etc logo a seguir ao 25 de Abril: «quando chegou o momento (…) de tomar posição clara, a folheca emudece. Foi pena.» Tantos anos depois, Paulo da Costa Domingos ainda reage com virulência às acusações de imaturidade («anarquismo de berlinde e calção») que Pacheco lhe fazia: «Não posso responder pelo Vitor Silva Tavares. No que me diz respeito, nunca dei a Luiz Pacheco mais crédito cultural do que aquele que ele me dava a mim. Desde a primeira hora, cavou um fosso que o tinha a ele de um lado (o bêbado) e do outro lado autores como eu (os drogados). Convicção dele. Por isso lhe puseram uma bandeira sobre o caixão: por causa dessas tristes convicções.»
[Texto publicado no suplemento Actual do jornal Expresso]

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

& etc -Vitor Silva Tavares - 40 Anos de Editor de Poesia.


Crítica da revista ÍPSILON de Maria Conceição Caleiro

 

Um homem sozinho

  • &etc - Uma Editora no Subterrâneo
  • Paulo da Costa Domingos (org.) Letra Livre
 

Os 40 anos da editora &etc celebrados num livro a várias vozes

A Letra Livre presta sumptuosa homenagem à editora &etc e a Vítor Silva Tavares, seu criador: &etc — Uma Editora no Subterrâneo, projecto coordenado por Paulo da Costa Domingos (também editor e poeta), é um tributo em forma de “livro-quase-objecto-que-apetece-tocar” próximo dos exemplares dessa mesma insólita editora que atinge os 40 anos. A fisionomia, deste e dos da &etc (e, antes dos livrinhos, a revista com o mesmo nome): um quase quadrado. Não sendo, parece-se com os exemplares da colecção que logo se reconhecem, um mito para muitos e por muitas razões, resultado da temeridade do editor que sobrevive lá para o fundo de um palacete da Rua da Emenda, em Lisboa. E da colaboração de vários amigos e artistas, muitas vezes graciosa.

A ideia de quadrado, sublinha Vítor Silva Tavares, esse insaciável contador de histórias, numa entrevista aqui incluída de Alexandra Lucas Coelho, foi permitindo uma exploração esplêndida das capas, gráfica e plasticamente. Partiu de uma conversa com o mestre Almada Negreiros, de quem era amigo íntimo. “É uma forma aparentemente rígida. Em princípio até limitadora de liberdades(...). Esse quadrado em vez de ser limitador (...) é um desafio aos criadores.” Muitos, tantos; vale a pena passar os olhos para se ter noção. Há quem coleccione as capas, mesmo se os autores dos textos, como é natural, não tenham sempre igual interesse, ou o mesmo interesse para todos. Chegou a haver, em 2009, na Rua da Rosa, em Lisboa, uma exposição de capas realizada pelos Estúdios Rosa, cujas folhas de sala são aqui fac-similadas.

Como autores deste livro (e convém referi-los a todos para eventualmente traçar um denominador comum: Adília Lopes, Alexandra Lucas Coelho, Cláudia Clemente, Eduardo de Sousa, Emanuel Cameira, Fernando Cabral Martins, Graça Martins, Isabel de Sá, Isaque Ferreira, Júlio Henriques, Luís Henriques, Luiz Pacheco, Manuel de Castro, Manuel de Freitas, Paulo da Costa Domingo, Pedro Oom, Pedro Piedade Marques, Rocha de Sousa, Vasco Tavares dos Santos, e o próprio Vítor Silva Tavares), diferentes perfis, várias gerações. Artistas plásticos, gráficos, poetas, jornalistas, editores, aventureiros, todos sobre um pano de fundo surrealizante. Fazedores de uma arte menor, no sentido deleuziano. Grande parte estão vivos. Podemos subsumi-los numa Marginália. Isto é, e citando a Wikipédia, esse manancial (im)perfeito dos nossos dias: seres que vivem à margem do conjunto de direitos e deveres de uma sociedade, meio em que proliferam actividades anti-sociais, grupo de marginais ou deliquentes que se organizam em grupos sociais ou actuam neste local ou meio. Não serão propriamente delinquentes, mas nasceram e reproduziram-se heterogeneamente à margem do gosto de maiorias e da lógica editorial que conduziu aos grandes conglomerados e à edição sem editor, como diria André Schiffrin, ou até, como escreveria Manuel de Freitas, aos Circo Chen da literatura em tournée, tão linda que até faz chorar. Autores que foram ou são compagnons de route do editor, vários publicados na colecção e que aqui prestam o seu depoimento, assim como se juntam as cartas de Luiz Pacheco e a já referida entrevista de Alexandra Lucas Coelho onde o editor traça o seu perfil demoradamente, ao mesmo tempo que arrebata as inúmeras inesperadas histórias que moldaram a sua vida. Através delas, figuras do nosso tempo são convocadas, sempre com inteligência e graça.

Predominam na vida da &etc a poesia, até de autores que seriam publicados noutras casas maiores (Herberto Helder, Fernando Assis Pacheco, Silva Carvalho, Aberto Pimenta ou Nuno Júdice), textos em fragmento(s), textos ficcionais de género sem género, textos de autores que se celebrizaram noutro género (Paul Gauguin, por exemplo), textos menores de autores maiores (Strindberg), textos de autores malditos (Artaud, Michaux ou Péret), textos abjectos (Luiz Pacheco, João César Monteiro). O que pesa será o facto de serem sempre à margem de um regime normalizador. Se observarmos o trajecto de Vítor Silva Tavares e dos livrinhos que, sem apoios, não cessou de publicar, reduzindo as tiragens, o termo que o define será o de “provocação”. Os livros que escolhe editar têm, além de uma qualidade literária óbvia (Vítor Silva Tavares é um grande leitor), um grau de pura provocação, por vezes até quase gratuita. O que é pouco, mas será irresistível para este editor anarca e libertário. São felizmente raros os casos em que essa é a única qualidade literária das obras editadas (caso de O Bispo de Beja, de Homem Pessoa), e deseja-se que o editor não se deixe tentar por aí. E que continue descomprometidamente a editar (de Jorge Roque, Fernando Cabral Martins, Vítor Nogueira, Luís Gaspar, Rui Caeiro, Manuel de Freitas, Bénédicte Houart a muitos, muitos outros): é sempre um acontecimento, um frisson, saber-se que mais um livro da &etc acaba de sair.

Importantíssimo ainda referir o facto de Vítor Silva Tavares e as edições &etc terem sabido reunir, fazendo disso a sua marca, o texto à fisionomia, à materialidade em que se apresenta: do papel ao tipo de letra e ao design da capa. O texto de Luís Henriques (grande artista da casa) é, neste livro, um dos mais perspicazes e esclarecedores: “A subtileza do ofício cria laços quase entre as artes gráficas e o texto; o livro começa mesmo antes de se abrir (...). Trata-se da renovação constante do encontro entre a escrita e a ilustração, ao longo de tantos anos.”

As edições &etc são emblema timoneiro do que de mais interessante se edita hoje entre nós, a tendência que agrega criadores de várias origens (artes plásticas, artes gráficas) e que se expande em circuitos mais ou menos marginais. Esta tendência (in)voluntária e indirectamente define e limita os géneros de criação. Redu-la à poesia e ao fragmento. O que não é necessariamente um mal. Nem por si só um bem. Será uma direcção criativa, uma diagonal traçada.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A TRILOGIA DEPRESSIVA - Nymphomaniac 2 de Lars Von Trier


Nymphomaniac 1 de Lars Von Trier


Melancholia de Lars Von Trier


Antichristo de Lars Von Trier


O Cinema de Lars Von Trier


O CINEMA de Lars von Trier é para mim comparável à ARTE CONTEMPORÂNEA. As imagens reveladas nos filmes de Lar Von Trier são PSICANALÍTICAS, METAFÓRICAS e assemelham-se a universos de Cindy Sherman, Sarah Lucas, Marina Abramovic, Anselm Kiefer e muitos outros artistas contemporâneos. Tentar compreender ou interpretar o cinema de Lars Von Trier dentro de parâmetros normais, formatados, com uma história de princípio, meio e fim é pura perda de tempo e NÃO COMPREENDER NADA!! O CINEMA de Lars Von Trier assim como a ARTE CONTEMPORÂNEA não pretende ser entendida pelo Quim das Iscas, nem pela Dona de Casa. Não se encontra na Cultura de Massas. É ELITISTA como TODA a ARTE CONTEMPORÂNEA. E ainda bem!! Choca, incomoda, perturba, desintegra. Assim como na ARTE o cinema de Lars Von Trier revela O AVESSO do SER HUMANO atravessado pelas contradições, perturbações, compulsões, psicoses, medos, fobias, perversões, necessidade de amar e ser amado, ódios, repulsas, ciúmes e todo o LIXO que existe dentro do ser humano, mascarado para SEDUZIR e MANIPULAR! Os filmes de Lars Von Trier são atravessados pelo tema da morte, da perenidade do ser humano, das relações conturbadas. No filme Melancholia, nunca a expressão da BELEZA foi tão perturbadora e MORTAL! O planeta, a vida, está tudo CONTAMINADO.
Não esquecer o passado e cineastas como Visconti, Bergman, Fassbinder, Tarkovsky, e David Lynch. Todos eles têm, tiveram, as mesmas preocupações. Por isso todos estes cineastas estão do lado da ARTE. O tema é sempre o mesmo, a expressão artística é do universo de cada um! Eros e Thanatos. Sempre.

sábado, 25 de janeiro de 2014

O Botequim da Liberdade de Fernando Dacosta

« Quando a crise não é geradora de grandes audácias, mais indicado é dar-lhe o nome de agonia.»
Natália Correia

Estou a ler o livro do Fernando Dacosta O Botequim da Liberdade e estou a adorar. Este livro chegou-me pelo correio, esta semana e enviado pela minha querida amiga Manuela GSantos, que teve o privilégio de conhecer bem a Natália e ser amiga dela. Por acaso, numa viagem que a Natália Correia fez ao Porto, e a Manuela também vinha no grupo, tive o prazer de a conhecer. Por ironia do destino, nessa noite, depois de um jantar fabuloso no Twins Foz, reservada toda a sala para o grupo da Natália, e depois pela noite fora, em casa de uma amiga comum, a Teresa Pinto da Silva, falava-se de Maria Gabriela Llansol! Bons tempos. Faltam MULHERES assim em Portugal!!

Natália Correia e o livro de Fernando Dacosta