
Duas fotos de FREDERIK FROUMENT
PINA BAUSCH - The Man I Love ( Gershwin)
Pina Baush a coreógrafa que revolucionou o ballet contemporâneo a partir dos anos 80. O ballet existe antes de Pina Bausch e depois de Pina Bausch.
Hoje em dia , Pina Bausch caminha em direcção à descoberta da natureza criativa mais profunda de todos os seus bailarinos. Este trabalho de conhecimento, realivamente a cada um deles, desenrola-se no âmbito de uma busca contínua, de uma naturalidade de comportamento que se exprime prescindindo de qualquer superestrutura social e cultural. Pina Bausch tende a penetrar todos os artifícios, mesmo os mais enraizados no carácter e mais definitivamente implantados. Ao trabalhar com ela, os bailarinos imergem numa relação com as próprias emoções, exacerbada até aos mínimos detalhes, num processo "de arrancar a tampa" que nunca se esgota: esta sondagem, interior ou evidente, pode chegar a ser tão sofrida e fatigante quanto apaixonante e libertadora.
Café Muller de PINA BAUSCH
A história de Café Muller : A acção é despojada e cortante. Na floresta de cadeiras vazias e gastas, pesa a angústia de uma solidão remota. Pina Bausch recorta-se ao fundo, ligeira e espectral, com uma túnica de tom claro. O passo é curto e incerto, os olhos fechados, as mãos estendidas para a frente : vidente sonâmbula , fantasma da consciência de si própria. Levada pelo som dilacerante das árias de Purcell.
Café Muller é uma lamentação de amor, uma metáfora doce e inquieta sobre a impossibilidade de um contacto profundo. é um trabalho estruturalmente simples e emocionalmente flagelante, que impressiona pela sua pureza e coerência. A desolação ambiental, o langor fúnebre, a violência da tipificação do relacionamento do casal, constituem todos elementos de verdade, de absoluta sinceridade expressiva.
Leonetta Bentivoglio - O teatro de Pina Bausch, Acarte, Fundação Calouste Gulbenkian, 1994
POEMA DE valter hugo mãe
o poeta nu
um dia apareceu um poeta sem pétalas. nunca tal se vira. sem pétalas, dizia-se, estava igual a nu, coberto de nada que o diferisse, como se ser poeta não trouxesse marcas à flor da pele. algumas pessoas riram-se nervosamente, e só por isso o estranho poeta se foi embora sem outra notícia
folclore íntimo, poesia reunida, COSMORAMA EDIÇÕES
PARABÉNS PARA A ANA MILHAZES VENCEDORA DO 8 E MEIO/VIDEO E PARA A PERFORMANCE DAS VÁRIAS MENINAS QUE APARECEM NESTE VIDEO E QUE CONHEÇO MUITO BEM. A MINHA EX ALUNA BÁRBARA REBELO QUE ALÉM DE UMA ÓPTIMA DESENHADORA TAMBÉM COME CHOCOLATES (...) Come chocolates pequena; Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. (...) fragmento do poema Tabacaria de Álvaro de Campos, Obras Completas de Fernando Pessoa, edições Ática, Lisboa, 1974).
Obrigada Pedro (blog : Cavalo de Pau) pela ajuda em colocar o video no meu blog.