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quarta-feira, 11 de julho de 2012
Um belo Soneto de Shakespeare
XVIII
Devo igualar-te a dia de Verão?
És mais encantador, mais temperado:
Em Maio, o vento agita-lhe o botão,
E o bem do Estio foge apressurado.
Sei que o olhar do Céu chega a queimar,
E o seu aspecto de ouro se embacia;
O belo pode às vezes declinar,
Se acaso a Natureza se transvia:
Mas teu eterno Estio não se vai,
Nem perdes a beleza que deténs;
Da Morte o manto sobre ti não cai,
Se em verso perdurarem os teus bens:
Enquanto alguém respire e possa ver,
Enquanto isto existir, hás-de viver.
Tradução em verso de Maria do Céu Saraiva Jorge
Devo igualar-te a dia de Verão?
És mais encantador, mais temperado:
Em Maio, o vento agita-lhe o botão,
E o bem do Estio foge apressurado.
Sei que o olhar do Céu chega a queimar,
E o seu aspecto de ouro se embacia;
O belo pode às vezes declinar,
Se acaso a Natureza se transvia:
Mas teu eterno Estio não se vai,
Nem perdes a beleza que deténs;
Da Morte o manto sobre ti não cai,
Se em verso perdurarem os teus bens:
Enquanto alguém respire e possa ver,
Enquanto isto existir, hás-de viver.
Tradução em verso de Maria do Céu Saraiva Jorge
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