sexta-feira, 29 de agosto de 2008

DOIS FILMES ETERNOS
Gata em Telhado de Zinco Quente de Richard Brooks com argumento de Tennessee Williams e Há Lodo no Cais de Elia Kazan com argumento de Budd Schulberg





A BELEZA DE PAUL NEWMAN





PAUL NEWMAN
Rebelde, duro ou sensível, Paul Newman foi, para lá do ideal de beleza masculina que corporizou com rara longevidade, um dos mais belos. Mas a beleza - que foi sua, quer nos anos de juventude, quer nos anos de maturidade - foi por vezes também, ele próprio o assumiu, um obstáculo ao seu crescimento como actor. Várias vezes ao longo da sua carreira, Paul Newman confessou a sua pena por não ter o dom da versatilidade de nomes grandes como Laurence Olivier ou Alec Guinness. Lee Strasberg terá mesmo dito que, não fôra Newman tão bonito, e a densidade das suas interpretações teria sido bem diferente, porventura próxima da marca pessoalíssima que Marlon Brando deixou quando se envolvia a cem por cento num projecto.Nos primeiros anos, a semelhança física entre ambos foi, aliás, flagrante, sendo Newman não raras vezes confundido com ele nas ruas. Mais tarde, e com o seu habitual sentido de humor, confessaria ter dado algumas centenas de autógrafos - talvez meio milhar - em nome de Brando, por se sentir incapaz de defraudar as expectativas dos fãs que julgavam ter-se finalmente cruzado com o actor. Apesar do engano, nenhum o terá certamente levado a mal. Quem poderia?
No passado, como no futuro, serão sempre seus os mais belos olhos azuis da história do cinema.


Os mais belos olhos azuis da história do cinema
Paul Newman. É um dos últimos rostos de uma era que não voltará mais: uma era em que o estatuto de estrela estava reservado aos melhores


OBJECTOS DO QUOTIDIANO





Urinol de Duchamp


Machado,Instalação de Isabel de Sá