A Casa da Cascata
sábado, 13 de setembro de 2008
FRANK LLOYD WRIGTH
O MAIOR VISIONÁRIO DA ARQUITECTURA
Frank Lloyd Wrigth é considerado um dos arquitectos mais importantes do Século XX. Foi a figura chave da arquitetura orgânica, um desdobramento da arquitetura moderna que se contrapunha ao International style europeu, e que define o caminho para a modernização na arquitectura, design e engenharia. Dos seus trabalhos famosos destaca-se a Casa da Cascata. A sua obra póstuma, também conhecida por Casa Kaufmann ou Casa Massaro Frank Lloyd Wright disse ao seu cliente: “Quero que viva com a sua cascata. Não quero que a veja, mas que faça parte integrante da sua vida.” (Mais tarde, o casal Massaro comprou o terreno e tinha um projecto do arquitecto para esse espaço. Foi terminada em 2005). É considerada a residência moderna mais famosa do mundo, e a sede do Museu Solomon R. Guggenheim em Nova Iorque. Frank Lloyd Wright deixou uma vasta obra quer a nível de projectos executados, quer pela parte literária da filosofia da arquitectura orgânica. Ao observarmos o panorama arquitectónico contemporâneo deparamo-nos com movimentos como o organicismo, o modernismo, o pós-modernismo. Arquitectos como Mies Van Der Rohe, Corbusier, Sullivan marcaram fortemente a arquitectura dos seus países desde a época moderna até aos nossos dias. Mas de entre todos, Frank Lloyd Wright ocupou sem dúvida um lugar de ouro dando uma nova dimensão à arquitectura, pela sua inovação e perspectiva visionária. Durante mais de sessenta anos, Wright foi não só um arquitecto muito produtivo, como ainda escreveu várias obras sobre a arquitectura moderna. Para ele, a arquitectura só pode ser orgânica: cada parte encontra-se ligada ao todo, de modo a formar um organismo completo que imerge do solo a quem pertence, como uma árvore que cresce da terra. Enquanto adolescente e por influência da mãe, fora educado com base nos escritos e ensinamentos de americanos como Whitman, Thoreau e Emerson, e britânicos como Byron, Shelley, e Blake. Cedo aprendera a ler e absorvera Schiller e Goethe:a caminho da escola, no carro eléctrico, levava uma versão de bolso das peças e sonetos de Shakespeare. Andava mergulhado em música, principalmente em Bach e Beethoven, devido à influência diária do pai, que tocava corais de Bach no orgão da Igreja. Como todos os transcendentalistas, Frank L. Wright via a natureza em termos quase místicos. Acreditava profundamente que, quanto mais próximo da natureza o homem se encontrasse, mais aumentaria e se expandiria o seu bem-estar pessoal, espiritual e até físico. Partindo desse ponto de vista, do seu respeito pela natureza, os edifícios de Wright integravam-se na paisagem, tinham em comum um objectivo: deixar o ser humano experimentar e participar nas alegrias e no deslumbramento da beleza natural. Hoje, chama-se: planeamento do local, estudo ambiental e emprega-se uma série de termos complicados que na realidade significam todos a mesma coisa: o respeito pela Terra. Sem esse respeito, como sabemos, a Terra está destinada a transformar-se num planeta sem vida. Hoje a civilização enfrenta o medo desse perigo e agora, pela primeira vez, começa a tomar a consciência. Há quase cem anos, Wright propunha soluções, sob a forma da arquitectura, mostrando como viver em harmonia com o ambiente, não por medo (que é um mero instinto basicamente animal), mas sim por um amor apaixonado pela beleza natural. Estava convencido de que o homem, se exposto à natureza e incluído no seu contexto, reagiria positivamente e desenvolver-se-ia espiritualmente.Por vezes, Wright referia-se à arquitectura orgânica como aquela em que todas as partes estavam relacionadas com o todo, e como o todo estava relacionado com as partes: continuidade e totalidade. Mas, num sentido ainda mais amplo e profundo, dizia que um edifício orgânico, fosse qual fosse a data da construção temporal, era adequado ao seu tempo, ao seu local e ao homem.Usando esse léxico como linhas-mestras, pode seguir-se a evolução de todas as grandes construções através de todas as grandes épocas do passado, e , percorrendo o caminho inverso, eliminar uma grande porção de aventuras arquitectónicas que não passaram de modas ou logros.
Wright morre a 9 de Abril de 1959 com 91 anos.
O MAIOR VISIONÁRIO DA ARQUITECTURA
Frank Lloyd Wrigth é considerado um dos arquitectos mais importantes do Século XX. Foi a figura chave da arquitetura orgânica, um desdobramento da arquitetura moderna que se contrapunha ao International style europeu, e que define o caminho para a modernização na arquitectura, design e engenharia. Dos seus trabalhos famosos destaca-se a Casa da Cascata. A sua obra póstuma, também conhecida por Casa Kaufmann ou Casa Massaro Frank Lloyd Wright disse ao seu cliente: “Quero que viva com a sua cascata. Não quero que a veja, mas que faça parte integrante da sua vida.” (Mais tarde, o casal Massaro comprou o terreno e tinha um projecto do arquitecto para esse espaço. Foi terminada em 2005). É considerada a residência moderna mais famosa do mundo, e a sede do Museu Solomon R. Guggenheim em Nova Iorque. Frank Lloyd Wright deixou uma vasta obra quer a nível de projectos executados, quer pela parte literária da filosofia da arquitectura orgânica. Ao observarmos o panorama arquitectónico contemporâneo deparamo-nos com movimentos como o organicismo, o modernismo, o pós-modernismo. Arquitectos como Mies Van Der Rohe, Corbusier, Sullivan marcaram fortemente a arquitectura dos seus países desde a época moderna até aos nossos dias. Mas de entre todos, Frank Lloyd Wright ocupou sem dúvida um lugar de ouro dando uma nova dimensão à arquitectura, pela sua inovação e perspectiva visionária. Durante mais de sessenta anos, Wright foi não só um arquitecto muito produtivo, como ainda escreveu várias obras sobre a arquitectura moderna. Para ele, a arquitectura só pode ser orgânica: cada parte encontra-se ligada ao todo, de modo a formar um organismo completo que imerge do solo a quem pertence, como uma árvore que cresce da terra. Enquanto adolescente e por influência da mãe, fora educado com base nos escritos e ensinamentos de americanos como Whitman, Thoreau e Emerson, e britânicos como Byron, Shelley, e Blake. Cedo aprendera a ler e absorvera Schiller e Goethe:a caminho da escola, no carro eléctrico, levava uma versão de bolso das peças e sonetos de Shakespeare. Andava mergulhado em música, principalmente em Bach e Beethoven, devido à influência diária do pai, que tocava corais de Bach no orgão da Igreja. Como todos os transcendentalistas, Frank L. Wright via a natureza em termos quase místicos. Acreditava profundamente que, quanto mais próximo da natureza o homem se encontrasse, mais aumentaria e se expandiria o seu bem-estar pessoal, espiritual e até físico. Partindo desse ponto de vista, do seu respeito pela natureza, os edifícios de Wright integravam-se na paisagem, tinham em comum um objectivo: deixar o ser humano experimentar e participar nas alegrias e no deslumbramento da beleza natural. Hoje, chama-se: planeamento do local, estudo ambiental e emprega-se uma série de termos complicados que na realidade significam todos a mesma coisa: o respeito pela Terra. Sem esse respeito, como sabemos, a Terra está destinada a transformar-se num planeta sem vida. Hoje a civilização enfrenta o medo desse perigo e agora, pela primeira vez, começa a tomar a consciência. Há quase cem anos, Wright propunha soluções, sob a forma da arquitectura, mostrando como viver em harmonia com o ambiente, não por medo (que é um mero instinto basicamente animal), mas sim por um amor apaixonado pela beleza natural. Estava convencido de que o homem, se exposto à natureza e incluído no seu contexto, reagiria positivamente e desenvolver-se-ia espiritualmente.Por vezes, Wright referia-se à arquitectura orgânica como aquela em que todas as partes estavam relacionadas com o todo, e como o todo estava relacionado com as partes: continuidade e totalidade. Mas, num sentido ainda mais amplo e profundo, dizia que um edifício orgânico, fosse qual fosse a data da construção temporal, era adequado ao seu tempo, ao seu local e ao homem.Usando esse léxico como linhas-mestras, pode seguir-se a evolução de todas as grandes construções através de todas as grandes épocas do passado, e , percorrendo o caminho inverso, eliminar uma grande porção de aventuras arquitectónicas que não passaram de modas ou logros.
Wright morre a 9 de Abril de 1959 com 91 anos.
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