domingo, 3 de julho de 2011
ALGERNON CHARLES SWINBURNE
ROSAMUNDA
(de Rosamond, 1860)
O medo é um coxim para os pés do amor,
De cores matizadas para o seu conforto,
Vermelho doce e branco exangue e azul
Muito como o das flores, e o verde casado ao Verão
E o doce púrpura namorado do mar e o negro calcinado.
Todas as formas coloridas do medo, agouro e mudança,
Profecias doentias e rumores coxos do calcanhar,
Presciências e astrologias,
Perigosas inscrições e notas registadas,
Todos estão cobertos pela falda do amor
Quando ele a sacode, ficam marcados dos seus dedos,
Batidos e soprados na face poeirenta do ar.
Os Pré-Rafaelitas, antologia poética, Assírio & Alvim, Lisboa, 2005
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