Um dia destes vou-te matar Uma manhã qualquer em que estejas (como de costume) a medir o tesão das flores ali no jardim de S.Lázaro um tiro de pistola e... Não te vou dar tempo sequer de me fixares o rosto Podes invocar Safo, Cavafy ou S. João da Cruz todos os poetas celestiais que ninguém te virá acudir Comprometidos definitivamente os teus planos de eternidade Adeus pois mares de Setembro e dunas de Fão Um dia destes vou-te matar... Uma certeira bala de pólen mesmo sobre o coração