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Foto de Sandra Juto
Com o corpo todo à espera
entro para a neblina.
Alameda vazia, silêncio.
Casas erguidas
para fazer um caminho.
Com o corpo todo à espera
chamo-te, sem saber o
nome, sem luz, sem imagem.
Fantasmas prolongam
os passos, adiam a casa.
Com o corpo todo à espera
silencio a vontade
de me aproximar, viver.
Respiro a humidade
do nevoeiro, sempre à esperaAo Vento Em Terramotos, edição cofre nocturno, Lisboa, 2011
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Foto de Sandra Juto
O nome está no ruído
que desmorona noite dentro.
A chuva corrói a pele
em pleno deserto.
Dentro dos teus passos
há um segredo do tamanho
da luz.
Ao pressentir a escuridão
do vazio,
os braços inclinam-se
para ti.
Ao Vento Em Terramotos, edição cofre nocturno, lisboa, 2011