sábado, 19 de novembro de 2011
INÊS LEITÃO
O meu corpo é a minha companhia.
( a partir da obra da pintora Graça Martins)
O meu corpo é a minha companhia
do cheiro dos meus dedos
ao desenho do mundo,
curva silenciosa da minha sobrancelha.
O meu corpo é a minha companhia
das unhas pequenas às coxas empurradas
pela gordura da carne,
antigo refego de barriga.
O meu corpo é a minha companhia
dos pêlos das minhas pernas
até à boca do meu corpo
posicionada pela natureza do meu género
entre as pernas
e cosida à nascença pela minha mãe.
O meu corpo é a minha companhia
quando o profano com outros corpos
e ele em silêncio se procura inteiro
na serenidade da frescura da manhã.
O meu corpo é a minha companhia
quando ao repousar o fogo me guia
e dessa certeza nasce poesia.
O meu corpo é a minha companhia
O meu corpo é a minha companhia.
O meu corpo é a minha companhia.
( a partir da obra da pintora Graça Martins)
O meu corpo é a minha companhia
do cheiro dos meus dedos
ao desenho do mundo,
curva silenciosa da minha sobrancelha.
O meu corpo é a minha companhia
das unhas pequenas às coxas empurradas
pela gordura da carne,
antigo refego de barriga.
O meu corpo é a minha companhia
dos pêlos das minhas pernas
até à boca do meu corpo
posicionada pela natureza do meu género
entre as pernas
e cosida à nascença pela minha mãe.
O meu corpo é a minha companhia
quando o profano com outros corpos
e ele em silêncio se procura inteiro
na serenidade da frescura da manhã.
O meu corpo é a minha companhia
quando ao repousar o fogo me guia
e dessa certeza nasce poesia.
O meu corpo é a minha companhia
O meu corpo é a minha companhia.
O meu corpo é a minha companhia.
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