BOTEQUIM
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
NESTE PAÍS DE POETAS
Regressada da Capital não posso deixar de assinalar uma injustiça que presenciei e revela, mais uma vez, a forma como os criativos, escritores e artistas em geral, são tratados em Portugal. Trata-se SEMPRE de uma CENSURA, que selecciona os nomes politicamente correctos, esquecendo os mais rebeldes, aqueles que pagam com o seu perfil indomável, o avanço de um sistema social e político. Estou a referir-me à inauguração recente, antes das eleições, do Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen.
Mesmo ao lado, situa-se o prédio onde durante décadas existiu "O Botequim" da Natália Correia (abriu em 1971 e dele faziam parte, além da Natália, Isabel Meireles, Júlia Marenha e Helena Roseta). A vida literária aconteceu nesse lugar , actualmente ao abandono.Os poetas que por lá passaram, as conversas políticas que revolucionaram o país, a figura incontornável da escritora Natália Correia. Então, inauguram o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen. Tem sentido?
Também aprecio a Sophia, mas não podia ter sido noutro Miradouro? As duas foram mulheres extraordinárias, mas a coragem de uma Natália, o percurso da sua vida, o seu discurso avançado para a época, merecia outra atenção. NÃO É JUSTO.
Mesmo ao lado, situa-se o prédio onde durante décadas existiu "O Botequim" da Natália Correia (abriu em 1971 e dele faziam parte, além da Natália, Isabel Meireles, Júlia Marenha e Helena Roseta). A vida literária aconteceu nesse lugar , actualmente ao abandono.Os poetas que por lá passaram, as conversas políticas que revolucionaram o país, a figura incontornável da escritora Natália Correia. Então, inauguram o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen. Tem sentido?
Também aprecio a Sophia, mas não podia ter sido noutro Miradouro? As duas foram mulheres extraordinárias, mas a coragem de uma Natália, o percurso da sua vida, o seu discurso avançado para a época, merecia outra atenção. NÃO É JUSTO.
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