segunda-feira, 30 de maio de 2011
Fragmentos de poemas de RILKE a HOLDERLIN
Porque nós, quando sentimos, dispersamo-nos; ai! nós
exalamo-nos e dissipamo-nos; de incandescência em incandescência
vamos dando perfume mais fraco. E então diz-nos alguém:
sim, tu entras-me no sangue, este quarto, a primavera
enche-me de ti...De que vale, se não pode deter-nos,
e nela desaparecemos e em seu torno.
Só nós
passamos por tudo como uma troca aérea.
Holderlin, tradução de Paulo Quintela, editorial Inova, 1971
ode sáfica Unter den Alpen gesungen ( Z,I,183-184) de HOLDERLIN
(...)
Estar assim sózinho com os deuses com os deuses, e
Quando perpassa a luz e rio e vento e
O tempo corre p'ra o lugar, ter perante eles
Um olhar firme.
Nada mais feliz sei nem desejo, enquanto
A mim também, como ao salgueiro, a água
Me não leve, e eu tenha de ir, a bom recado,
A dormir nas ondas;
Mas gosta de ficar em casa quem no fiel
Peito conserva os deuses, e livre eu quero,
Enquanto puder, a todas vós, línguas do céu!
Explicar e cantar.
Tradução de Paulo Quintela, Editorial Inova, 2ºedição, 1971
Subscrever:
Mensagens (Atom)