quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pode-se avaliar a beleza de um livro pelo vigor dos safanões que ele nos deu e pelo tempo que levamos depois a recompor-nos

Flaubert

Poema de Yvette Centeno

COMO SE ESTIVESSE NUM CAFÉ

Espero
sentada
tranquilamente
em mim

Espero
como se estivesse num café
cheio de gente


(Café Central)

Poema de Eugénio de Andrade

O sorriso

Creio que foi o sorriso,
sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.