segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fragmentos de poemas de RILKE a HOLDERLIN


Porque nós, quando sentimos, dispersamo-nos; ai! nós

exalamo-nos e dissipamo-nos; de incandescência em incandescência
vamos dando perfume mais fraco. E então diz-nos alguém:
sim, tu entras-me no sangue, este quarto, a primavera
enche-me de ti...De que vale, se não pode deter-nos,
e nela desaparecemos e em seu torno.

Só nós
passamos por tudo como uma troca aérea.


Holderlin, tradução de Paulo Quintela, editorial Inova, 1971

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