quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
LEYA BARATA - Lançamento de NOVAS CARTAS PORTUGUESAS - 11 de Dezembro - LISBOA
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Sábado 11 de Dezembro - Acontecimento mediático e feminista
Lisboa
lançamento do livro "Novas Cartas Portuguesas"
Sáb 11 Dez 18:30 Livraria LeYa na Barata
Sessão de lançamento do livro "Novas Cartas Portuguesas"
(Dom Quixote),
de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.
lançamento do livro "Novas Cartas Portuguesas"
Sáb 11 Dez 18:30 Livraria LeYa na Barata
Sessão de lançamento do livro "Novas Cartas Portuguesas"
(Dom Quixote),
de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
pastelaria
Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante ?
ele há tanta maneira de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo:fechar os olhos frente
ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora ? ah, lá fora! ? rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
Mário Cesariny
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante ?
ele há tanta maneira de compor uma estante!
Afinal o que importa é não ter medo:fechar os olhos frente
ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora ? ah, lá fora! ? rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
Mário Cesariny
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Imagens de exposições e trabalhos do professor e pintor MARTINS LHANO - meu pai e da pintora Isabel Lhano e Bárbara Martins.1926 -1987 (Novembro)
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
DE TÃO PERTO
Chega a doer olhar-te de tão perto
primeiro só tocar o infinito
da distância - depois em toda a parte
estar por dentro dela em ti - aí
onde a dor de te olhar se fará dia
ou o tempo agora ama e deita carne
de regresso ao imenso sol vazio
que em tudo o que acontece permanece
mortal nascente branca - e água e pura
transparência da ausência mais extrema
por onde morre e nasce enquanto pulsa
em cada veia todo o universo
Chega a doer olhar-te de tão perto
ousar a eternidade a tempo aberto
Miguel Serras Pereira
TODO O ANO, Limiar, 1990
primeiro só tocar o infinito
da distância - depois em toda a parte
estar por dentro dela em ti - aí
onde a dor de te olhar se fará dia
ou o tempo agora ama e deita carne
de regresso ao imenso sol vazio
que em tudo o que acontece permanece
mortal nascente branca - e água e pura
transparência da ausência mais extrema
por onde morre e nasce enquanto pulsa
em cada veia todo o universo
Chega a doer olhar-te de tão perto
ousar a eternidade a tempo aberto
Miguel Serras Pereira
TODO O ANO, Limiar, 1990
sábado, 27 de novembro de 2010
Maria Gabriela Llansol
(...)Imensa é a generosidade dos poetas. São eles os únicos humanos que vêem que a formação da comunidade dos homens passa por processos cíclicos que é necessário abrir e fechar cuidadosamente. Usam uma métrica e um tom elevado por respeito pela dor dos vagabundos. Combatem com o invisível por misericórdia para com o destino dos homens e da paisagem. (...)
ONDE VAIS, DRAMA -POESIA ?, Relógio D'Água, Março, 2000
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
valter hugo mãe - JL de 17 de Novembro de 2010
Matar
(...) Ao mesmo tempo, a Galeria João Pedro Rodrigues expõe Broken hearts bloody hearts, da Graça Martins. Já é habitual a ligação destas duas artistas que, com estéticas tão distintas, encontram pontos de contacto valiosos. O conjunto de tels de Graça Martins é todo ele acerca de uma masculinidade difícil, uma delicadea inusitada no corpo masculino que se pode embelezar, talvez escandalosamente, para além do padrão vigente. Problematiza o lugar do homem, o lugar do amor, encontrando na delicadeza extrema uma poeticidade emocionante. Os quadros da Graça Martins sugerem-nos, por vezes, a ilusão da efemeridade por serem tão assentes no desenho e na sua filigrana por aludirem à fragilidade, à vulnerabilidade, à necessidade de cuidar ou de amar alguém.
Expõe duas séries, uma com alguns anos, em que protagoniza um menino muito novo, e outra mais recente, em que protagoniza um jovem. De comum, mantém o lado floral e vulnerável, de distinto, o dramatismo acentuando-se no jovem, que pode mesmo ser visto, na tela My killer my lover, assassinado e ensanguentado Se o amor é o grande predador, ou se somos nós próprios o nosso grande predador por enfraquecermos às mãos de alguém, será tópico que a Graça Martins explora, magoando pela junção muito impressiva da tragédia do belo.
A beleza encantatória das suas imagens é ferida pela eminência da lâmina, pelo borrão do sangue, pela cal da pele no corpo já desabitado. O que mais me fascina no excelente trabalho da Graça Martins é o modo como nos deslumbra com aquilo que, afinal, é assustador. Assusta-nos mais ainda por ser hábil a fazê-lo com o isco da beleza, como se não fôssemos capazes de deixar de nos apaixonarmos, pelas suas figuras, pela cor, pela precisão obstinada do traço do pincel.
Ainda me perseguem os pijamas que a Graça Martins desenhou, faz tanto tempo. Ainda me persegue a exactidão das linhas no curvo dos corpos e o quanto parecem criar um conforto ao olhar. São pijamas de listas pretas, um pouco como se fossem de prisioneiros mais delicados, apaixonados, talvez para falar da prisão boa que é o amor. É muito a partir destes desenhos que meço a mestria da Graça Martins. Uma artista cujos quadros se constroem por uma atenção ao universo gráfico onde a pintura sabe rentabilizar, de modo exímio, o trilho do desenho. É o rigor. Deve ser isso que quero dizer, o rigor que torna inesquecível a visão dos pijamas desenhados da artista, e que torna irresistível a esmagadora maioria do seu trabalho. Também mata. De maravilha, claro.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
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