O AMOR
Estou a amar-te como o frio
corta os lábios.
A arrancar a raiz
ao mais diminuto dos rios
A inundar-te de facas,
de saliva esperma lume.
Estou a rodear de agulhas
a boca mais vulnerável.
A marcar sobre os teus flancos
o itinerário da espuma.
Assim é o amor: mortal e navegável.
1 comentário:
obrigado pelos poemas. eugénio de andrade é uma escolha perfeita
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