SERÁ NO PRÓXIMO SÉCULO?
O nosso amor arrasou cidades. Éramos
muito jovens e pensávamos assim.
O mundo pertencia-nos. Ninguém
percebia mas nós vivíamos contra
tudo - era um acto político.
Assim alguns seres no mundo
construíram vidas, amaram
e sofreram isolados, por vezes
espoliados, queimados na fogueira.
Mas o nosso amor resistirá
às fronteiras, aos muros de fogo
e à injustiça. Gostaríamos de viver
o tempo da verdadeira transformação,
da felicidade universal.
14 de Março de 1996
Repetir o Poema, Quasi, 2005, Décimo Terceiro Livro, Erosão de Sentimentos - 1994-1996
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