Não se pede segredos a uma pedra. Diz-se à criança: «Fica muda, de pedra».
Sempre houve pedras mais pedras que outras que são preciosas, pedras que se tingem das cores que assombram. Pedras que dão sombras para adormecer. Pedras que de noite se escondem no ar, assustam. Pedras que cortam árvores e outras que adormecem a seus pés, lembram rebanhos curvados. Há pedras que estão de cabeça levantada à espera da mão de Deus?
(...)
José Emílio-Nelson
A Alegria Do Mal, Obra Poética I, 1979-2004, Edições Quasi, 2004
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