Quase trinta anos depois do seu primeiro filme - Conversa Acabada (1981) - construído a partir de poemas e da correspondência de Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, o realizador voltou a imergir no universo de Pessoa, atraído pela índole do guarda-livros da Rua dos Douradores, pelos seus apontamentos sobre a luz (ele diz que se devem iluminar os sapatos das pessoas comuns com a mesma luz que se ilumina a cara dos santos"), o abrandamento e a aceleração do tempo (coisas próprias do sonho, e do cinema) -e a sensação de que é um texto para ler em voz alta. "Quero que se oiçam as palavras todas, todas."
fragmento do texto de apresentação, Teatro Nacional de São João, Porto
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