O seu texto e as imagens sugeriram-me esta poesia de António Nobre no "SÓ". Morreu. Vai a dormir, vai a sonhar... Deixá-la! (Falai baixinho: agora mesmo se ficou...) Como padres orando, os choupos formam ala, Nas margens do ribeiro onde ela se afogou.
Toda e branco vai, nesse hábto de opala, Para um convento: não o que Hamlet lhe indicou, Mas para um outro, olhai! que tem por nome Vala, Donde jamais saiu quem, lá, uma vez entrou!
O doce Pôr-do-Sol, que era doido por ela, Que a perseguia sempre, em palácio e na rua, Vede-o, coitado! mal pode suster a vela... Como damos de honor, Ninfas seguem-lhe os rastros, E, assomando no Céu, sua Madrinha, a Lua, Por ele vai desfianda as suas contas, Astros! Saudações amigas.
2 comentários:
A Elisabeth Siddall em todo o seu esplendor. Sugiro o livro "Adoecer" da Hélia Correia, que conta e analisa historias sobre a estética Pré-Rafaelita.
O seu texto e as imagens sugeriram-me esta poesia de António Nobre no "SÓ".
Morreu. Vai a dormir, vai a sonhar... Deixá-la!
(Falai baixinho: agora mesmo se ficou...)
Como padres orando, os choupos formam ala,
Nas margens do ribeiro onde ela se afogou.
Toda e branco vai, nesse hábto de opala,
Para um convento: não o que Hamlet lhe indicou,
Mas para um outro, olhai! que tem por nome Vala,
Donde jamais saiu quem, lá, uma vez entrou!
O doce Pôr-do-Sol, que era doido por ela,
Que a perseguia sempre, em palácio e na rua,
Vede-o, coitado! mal pode suster a vela...
Como damos de honor, Ninfas seguem-lhe os rastros,
E, assomando no Céu, sua Madrinha, a Lua,
Por ele vai desfianda as suas contas, Astros!
Saudações amigas.
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