sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Poema de JOÃO BORGES

Um abalo chega com a aurora boreal:
Seis da manhã, céu limpo. Nuvens douradas
através do vidro, um corpo
adormecido entre os lençois.

Por que é suja a noite, perversa?
Por que regresso ao amanhecer?

Há luzes que não se devem
acender. Queimam
as longas noites dos amantes.


AO VENTO EM TERRAMOTOS, Editora cofre nocturno produções culturais, colecção paciente zero 1, Lisboa, 2011

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