domingo, 20 de fevereiro de 2011
O teatro e as festas preencheram a infância da menina Yevonde Cumbers, nascida em Londres, em 1893. A política movimentou a sua adolescência, quando aderiu ao movimento sufragista, pelo direito ao voto feminino. As duas etapas foram fundamentais para a formação do trabalho fotográfico de Madame Yevonde (1893-1975), uma das pioneiras da fotografia colorida. A reflexão sobre novos modelos sociais para a mulher é o tema das suas fotografias.
Retratista da aristocracia britânica dos anos 20 foi pioneira na desmontagem do papel que a mulher representava na sociedade. Yevonde perturbou a conservadora sociedade britânica retratando as damas da alta sociedade como deusas gregas. Realizou trabalhos editoriais e publicitários, com clara influência surrealista. Iniciou a sua carreira como fotógrafa apenas com 21 anos.
Retratista da aristocracia britânica dos anos 20 foi pioneira na desmontagem do papel que a mulher representava na sociedade. Yevonde perturbou a conservadora sociedade britânica retratando as damas da alta sociedade como deusas gregas. Realizou trabalhos editoriais e publicitários, com clara influência surrealista. Iniciou a sua carreira como fotógrafa apenas com 21 anos.
Casa das Histórias - Cascais - exposição de obras seleccionadas por Paula Rego. Colecção do British Council.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
A FRESH START
É amanhã. O constrangimento da conservadora a perguntar
- porquê? porquê?
e eu pequena, tal como na 3ª classe, timidamente a responder à professora.
Não tenho medo hoje porque o tempo passou. Da mesma forma que o nosso também. O nosso tempo passou e acabou e amanhã seremos duas pessoas adultas que se conhecem a dizer adeus. Com a maturidade da idade adulta sem o medo das crianças.
- porquê? porquê?
e eu pequena, tal como na 3ª classe, timidamente a responder à professora.
Não tenho medo hoje porque o tempo passou. Da mesma forma que o nosso também. O nosso tempo passou e acabou e amanhã seremos duas pessoas adultas que se conhecem a dizer adeus. Com a maturidade da idade adulta sem o medo das crianças.
A fresh start, vai fazer-nos bem.
Inês Leitão
Inês Leitão
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Poema de Arthur Rimbaud
O QUE DORME NO VALE
É uma cova de verdura onde canta uma ribeira
Prendendo loucamente às ervas farrapos
De prata; nele brilha o sol, do alto da montanha
Orgulhosa: é um pequeno valado que espuma farpas.
Um soldado jovem, de boca aberta, cabeça nua,
E a nuca mergulhando nos frescos agriões azuis,
Dorme; está estendido na relva, a céu aberto,
Pálido no seu leito verde onde chove aluz.
Com os pés nos gladíolos, dorme. Sorrindo como
Sorriria uma criança doente, dorme um sono:
Natura, embala-o junto ao peito: ele está frio.
Não há perfume que faça estremecer suas narinas;
Dorme ao sol, a mão sobre o peito
Tranquilo. No lado direito, tem dois buracos vermelhos.
O RAPAZ RARO, iluminações e poemas, tradução de Maria Gabriela Llansol, Relógio D'Água, Lisboa, 1998
Com o corpo todo à espera
entro para a neblina.
Alameda vazia, silêncio.
Casas erguidas
para fazer um caminho.
Com o corpo todo à espera
chamo-te, sem saber o
nome, sem luz, sem imagem.
Fantasmas prolongam
os passos, adiam a casa.
Com o corpo todo à espera
silencio a vontade
de me aproximar, viver.
Respiro a humidade
do nevoeiro, sempre à espera.
JOÃO BORGES
AO VENTO EM TERRAMOTOS, edição cofre nocturno, Lisboa, 2011
entro para a neblina.
Alameda vazia, silêncio.
Casas erguidas
para fazer um caminho.
Com o corpo todo à espera
chamo-te, sem saber o
nome, sem luz, sem imagem.
Fantasmas prolongam
os passos, adiam a casa.
Com o corpo todo à espera
silencio a vontade
de me aproximar, viver.
Respiro a humidade
do nevoeiro, sempre à espera.
JOÃO BORGES
AO VENTO EM TERRAMOTOS, edição cofre nocturno, Lisboa, 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
14 DE FEVEREIRO - O TAL DIA
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Poema de JOÃO BORGES
A noite vem
em desarticulados caminhos
suspensos entre
insónia e vigília.
As pedras que acendem
entram e saem da minha pele,
deixam feridas.
A fogo rasgam as veias.
Atiro a escuridão para
a rua. Esmorece
a paisagem, flui o desejo.
Posso avançar
sobre as trevas.
AO VENTO EM TERRAMOTOS, edição cofre nocturno. lisboa, 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
FERNANDO PESSOA -Forever Someone Else - selected poems
Dead is a bend in the road
To die is to slip out of view.
If I listen, I hear your steps
Existing as I exist.
The earth is made of heaven.
Error has no nest.
No one has ever been lost.
All is truth and way.
To die is to slip out of view.
If I listen, I hear your steps
Existing as I exist.
The earth is made of heaven.
Error has no nest.
No one has ever been lost.
All is truth and way.
LIVROS DIFÍCEIS - CASA FERNANDO PESSOA - 8 DE FEVEREIRO - 18.30H.
Novo ciclo de conferências - Livros Difíceis
Livros difíceis são aqueles sobre os quais não conseguimos falar. Porque os não lemos (ou a páginas tantas desistimos), ou porque não os percebemos. O embaraço é maior quando são obras que fazem parte do Cânone. Também em relação à literatura é preciso ler muito até se possuir humildade para reconhecer um fracasso ou uma lacuna. Só que ao contrário de tantas outras coisas os livros difíceis continuam lá, na expectativa de que as circunstâncias produzam novas ocasiões de leitura e compreensão. O ciclo de conferências LIVROS DIFÍCEIS, uma das novidades da programação da Casa Fernando Pessoa em 2011, traz a cada edição um leitor especial que procurará a boa circunstância: quando um desses livros de repente se ilumina para outros.
Livros difíceis são aqueles sobre os quais não conseguimos falar. Porque os não lemos (ou a páginas tantas desistimos), ou porque não os percebemos. O embaraço é maior quando são obras que fazem parte do Cânone. Também em relação à literatura é preciso ler muito até se possuir humildade para reconhecer um fracasso ou uma lacuna. Só que ao contrário de tantas outras coisas os livros difíceis continuam lá, na expectativa de que as circunstâncias produzam novas ocasiões de leitura e compreensão. O ciclo de conferências LIVROS DIFÍCEIS, uma das novidades da programação da Casa Fernando Pessoa em 2011, traz a cada edição um leitor especial que procurará a boa circunstância: quando um desses livros de repente se ilumina para outros.
1ª Conferência - Pedro Tamen fala sobre "Em Busca do Tempo Perdido" de Marcel Proust 8 de Fevereiro 18h30 Casa Fernando Pessoa
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
AS CEM LIÇÕES - CENTENÁRIO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
As Cem Lições, integradas na celebração do Centenário, serão dadas por cem antigos alunos da Universidade de Lisboa. O tópico da lição é de livre escolha de quem a profere. É talvez natural que a experiência universitária e o seu prolongamento, eufórico ou menos eufórico, na vida desses antigos alunos possam ser objecto das suas lições. É igualmente natural que as actividades profissionais ou áreas disciplinares a que, com reconhecido brilho, se dedicaram nas suas vidas, nelas sejam objecto de análise.
Sala de conferências Reitoria da Universidade de Lisboa
Sala de conferências Reitoria da Universidade de Lisboa
18h – 20h
PROGRAMAÇÃO
Lição 18 - Ter. 8 Fevereiro
Nuno Júdice - Tema: Reler Camões
Nuno Júdice - Tema: Reler Camões
Poeta e professor universitário. N. Mexilhoeira Grande, 1949. Antigo aluno de Filologia Românica na F. Letras da UL. Autor de vários livros de poesia, iniciados por A Noção do Poema (1972), romances e diversos ensaios e estudos. Professor Associado na FCSH da UNL.
Lição 19 - Ter. 8 Fevereiro
Lauro António - Tema: Vamos falar de Cinema
Lauro António - Tema: Vamos falar de Cinema
Cineasta. N. Lisboa, 1942. Antigo aluno de História da F. Letras da UL. Dedicou-se à crítica cinematográfica, mantendo o programa televisivo “Lauro António apresenta”. Realizador e documentarista, a sua obra mais conhecida é “Manhã Submersa” (1980).
Lição 20 - Qua. 9 Fevereiro
Guilherme Oliveira Martins - Tema: Cultura de responsabilidade - prestar contas e agir criativamente
Lição 20 - Qua. 9 Fevereiro
Guilherme Oliveira Martins - Tema: Cultura de responsabilidade - prestar contas e agir criativamente
Jurista. N. Lisboa, 1952. Presidente da recém constituída Associação de Antigos Alunos da UL, onde cursou Direito. Foi deputado e ministro. Actualmente é Presidente do Tribunal de Contas.
Lição 21 - Qua. 9 Fevereiro
Vasco Graça Moura - Tema: Sôbolos rios que vão: algumas recapitulações
Vasco Graça Moura - Tema: Sôbolos rios que vão: algumas recapitulações
Poeta e ensaísta. N. Foz do Douro, 1942. Antigo aluno da F. de Direito da UL. Obra inclui poesia, ensaio, romance e tradução de clássicos. Foi deputado (AR e PE) e membro do governo. Exerceu cargos de direcção em empresas públicas (INCM) e comissões oficiais (CNC Descobrimentos Portugueses, "Expo'92" de Sevilha).
Lição 22 - Qui. 10 Fevereiro
Carlos Matos Ferreira - Tema: A FCUL, o IST e a Física dos Plasmas: os acasos de uma vida
Carlos Matos Ferreira - Tema: A FCUL, o IST e a Física dos Plasmas: os acasos de uma vida
Professor universitário. N. Lisboa, 1948. Fez os preparatórios na Faculdade de Ciências da UL, licenciando-se em Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico. Trabalha na área da Física de Plasmas. Foi presidente do IST entre 2001 e 2009.
Lição 23 - Qui. 10 Fevereiro
António-Pedro Vasconcelos - Tema: A importância da TV no mundo de hoje
Cineasta. N. 1939, Leiria. Antigo aluno da F. Direito da UL. Co-fundador do Centro Português de Cinema (C.P.C.), que produziu “Perdido por Cem...” (1972), a sua primeira longa metragem. Realizou, entre outros, "O Lugar do Morto" (1984), "Jaime" (1999) e, mais recentemente, "Os Imortais" (2003), "Call Girl" (2007) e "A Bela e o Paparazzo" (2010).
Lição 24 – Sex. 11 Fevereiro
Lição 24 – Sex. 11 Fevereiro
Carlos Caldas - Tema: Da Universidade de Lisboa a Universidade de Cambridge: uma jornada a fazer perguntas
Investigador em Genómica Funcional do Cancro. N. Oliveira de Frades, 1960. Antigo aluno da F. Medicina da UL. Dirige unidades de oncologia clínica em Cambrige, na Universidade e no Cancer Research Institute.
postagem de Lauro António no seu blogue:
postagem de Lauro António no seu blogue:
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
DUAS VOZES INCONFUNDÍVEIS
domingo, 6 de fevereiro de 2011
contabilidade
venho para te cortar os
dedos em moedas pequenas e
com elas pagar ao coração o
mal que me fizeste
o pior amor é este, o que já é
feito de ódio também. o pior amor
é este, o que já é feito de ódio também. o
pior é amor é este, o que
já é feito de ódio também
valter hugo mãe
contabilidade, Editora Objectiva, 2010
dedos em moedas pequenas e
com elas pagar ao coração o
mal que me fizeste
o pior amor é este, o que já é
feito de ódio também. o pior amor
é este, o que já é feito de ódio também. o
pior é amor é este, o que
já é feito de ódio também
valter hugo mãe
contabilidade, Editora Objectiva, 2010
sábado, 5 de fevereiro de 2011
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