quarta-feira, 27 de abril de 2011

Poema de ALEXANDRE NAVE



Abrimos os tijolos um a um,

esticamos os músculos no calo

as fezes nos carregamentos

Sabemos os ossos infectados
na chapa quente, o chão batido na terra
a destapar-nos, os tijolos nos ombros
o pó fino a enfeitar-nos

olhamos nos olhos uns dos outros

morremos com a pátria nos pulmões.





Columbários & Sangradouros, Quasi Edições, 2003

1 comentário:

Rudinei Borges disse...

Qual o e-mail? Quero enviar uns poemas. Abraço. rudineiborges1@yahoo.com.br