SE VOLTASSEMOS A DANÇAR
Se a cabeça se lançasse
estilhaçada pelo espaço
sujando o céu.
Se ao sair de casa
aos tropeções pelas escadas,
não reparasse nas ruas
encardidas de todas
as formas de morrer.
Se eu tivesse o corpo
seco de ti.
Se voltássemos a dançar
na lenta vertigem do amor,
eu seria então a árvore
repleta de folhagem.
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