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Às vezes despedimo-nos tão cedo
que nem lágrimas há que nos suportem o
peso da voz à solidão exposta
ou
de lisboa no corpo o peso triste
Às vezes é tão cedo que nos vemos
omitidos
enquanto expõe
o peso insuportável do amor
a despedida
É tão cedo por vezes que lisboa
estende sobre os corpos o desgosto
ORGÃO DE LUZES, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 1990
1 comentário:
Uma partilha de palavras...:)
deixei de ter lágrimas transparentes
quando as tenho borro-as de cor
na esperança que se vejam
deixei de ter lágrimas transparentes
transformam-se em nós de garganta
deixei que os meus olhos vivessem
deixei que o transparente de sal
se torna-se um pedregulho
enrolado em mim
deixei que me tirassem as lágrimas
que me pintassem portas amarelas
que esborratassem escadas
para eu as poder passar
deixei de ter lágrimas transparentes
e o susto
assim
tão de repente
mostra que a garganta é salina
hoje
quero
que o transparente me acorde
deixei que me tirassem as lágrimas
que mas pincelassem de cor
deixei que me pintassem os rios
subo escadas que não são
entro em portas que não estão
deixei de ter lágrimas transparentes
Teresa Maria Queiroz - Junho 2011
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um bj desde aqui...
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