« Quando o terror me paralisa, fecho os olhos e abandono-me com a sensação de mergulhar em águas revoltas, por entre os golpes furiosos das vagas. Por instantes que são na verdade eternos, julgo que estou a morrer, mas a pouco e pouco compreendo que continuo viva apesar de tudo (...) Deixo-me arrastar sem opor resistência e aos poucos o medo retrocede. (...) Choro sem soluçar, destroçada por dentro, como talvez chorem os animais. (...) Decidi não me aliviar com drogas; este é um caminho que devo percorrer a sangrar.»
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Fragmento do romance "Paula" de ISABEL ALLENDE
« Quando o terror me paralisa, fecho os olhos e abandono-me com a sensação de mergulhar em águas revoltas, por entre os golpes furiosos das vagas. Por instantes que são na verdade eternos, julgo que estou a morrer, mas a pouco e pouco compreendo que continuo viva apesar de tudo (...) Deixo-me arrastar sem opor resistência e aos poucos o medo retrocede. (...) Choro sem soluçar, destroçada por dentro, como talvez chorem os animais. (...) Decidi não me aliviar com drogas; este é um caminho que devo percorrer a sangrar.»
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