PRISIONEIRO DE MIM?
Por dentro do crânio
cresciam larvas. A agonia
escondia-se.
Cordas prendiam-me as pernas.
Era assim
a minha imagem
nas suas mentiras.
Enforcada, a dor
continua pendurada em mim.
Digo palavras sem nexo.
Fogem os versos dos papeis
e o coração incinerado.
João Borges
AS SOMBRAS DE UM CORPO SÓ, Lisboa, 2011
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