AS ROSAS DO DESERTO
Foi-nos fatal a descoberta do amor.
Talvez a força do encontro tenha
sido a primeira a destruir-nos.
Houve um tempo em que te falei
das rosas do deserto, sem saber
que seriam elas
a matar a escuridão.
Fomos antes do tempo.
Só isso agora nos perdoa.
Enfrentámos o corpo,
a perda alucinante da inocência.
Hoje conhecemos o isolamento.
Não sei como é a vida sem ti.
Não sei como é a vida.
As Sombras de Um Corpo Só, Lisboa 2011, edição do autor.
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