sábado, 3 de novembro de 2012

Poema de Luiza Neto Jorge

Desinferno II



Caísse a montanha e do oiro o brilho
O meigo jardim abolisse a flor
A mãe desmoesse as carnes do filho
Por botão de vídeo se fizesse amor

O livro morresse, a obra parasse
Soasse a granizo o que era alegria
A porta do ar se calafetasse
Que eu de amor apenas ressuscitaria


 


Luiza Neto Jorge, in “Poesia”

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