segunda-feira, 29 de julho de 2013

TU


Com esse teu ar
de arcanjo negro

pálido e magro
triste e alheado

ficas por vezes quase etéreo
calado
enquanto eu te olho docemente

Num espanto condenado
quase místico
debruço-me secreta à tua beira

e numa espécie de prece
porque existes

alheado - magro
belo e triste

estou de joelhos
meu amor
e beijo-te


Maria Teresa Horta

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