« “Sou um deserto que fala sozinho”, escreveu-me Violette Leduc um dia, numa carta. Pois encontrei nesses desertos inúmeras belezas. Além disso, os que vêm falar-nos do fundo da sua solidão, de nós próprios falam. Por mais mundano ou combativo que seja, todo o homem tem subterrâneos onde ninguém ousa penetrar, nem mesmo ele; mas que existem: a noite da infância, os desaires, as renúncias, a súbita comoção de uma nuvem em pleno céu. Surpreender uma paisagem, um ser, tal como existem na nossa ausência: sonho impossível que acalentamos todos.»
Simone de Beauvoir, no prefácio a “La Bâtarde”, citada por Aníbal Fernandes em “VIOLETTE, colagem ou quase”, prefácio à sua tradução de “Teresa e Isabel”.
VIOLETTE, o filme de Martin Provost.
Simone de Beauvoir, no prefácio a “La Bâtarde”, citada por Aníbal Fernandes em “VIOLETTE, colagem ou quase”, prefácio à sua tradução de “Teresa e Isabel”.
VIOLETTE, o filme de Martin Provost.
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